O mercado financeiro não acredita que a greve geral desta sexta-feira (28), convocada pelas grandes centrais sindicais, possam gerar repercussão negativa ao longo do dia nas mesas de negociação. “Mas tudo pode acontecer”, afirma a economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Zara, sem subestimar a influência que a paralisação pode ter sobre os parlamentares, especialmente na votação da reforma da Previdência. “Se houver grande adesão à greve, a reforma pode ser modificada ou até reprovada, resultando em um impacto financeiro menor do que o necessário para equilibrar as contas públicas”, avalia a economista.
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Segundo ela, o mercado está mais preocupado em acompanhar como cada deputado vai votar e a movimentação das cúpulas partidárias. Nesta quarta-feira (26), a Câmara dos Deputados aprovou a reforma trabalhista com 296 votos favoráveis, número menor dos que os 308 necessários para aprovar a reforma da Previdência. Mesmo assim, Thaís demonstrou otimismo em relação à aprovação das mudanças nas leis de aposentadoria. “A votação de ontem demonstrou que é possível obter os 308 votos”, diz, ressaltando que a sessão foi um forte indicativo da capacidade do governo de mobilizar os parlamentares para a aprovação das reformas, mesmo que precise postergar a votação no plenário em uma ou duas semanas.
A resposta e a interpretação do mercado sobre o ato devem surgir ao longo do diaA economista acredita que a participação na greve será de grupos específicos, principalmente sindicalistas. A resposta e a interpretação do mercado sobre o ato devem surgir ao longo da sexta-feira, com avaliações se ele vai ou não influenciar a aprovação da reforma da Previdência.