O e-commerce dá sinais de que deve continuar a registrar aumento de vendas neste ano no Dia das Mães. A estimativa é por uma movimentação de R$ 1,73 bilhão entre 29 de abril e 13 de maio, uma alta de 7% em relação a 2016, quando os números fecharam em vendas de R$ 1,62 bilhão. “Apesar do desemprego, 2017 vai ser melhor”, avalia Pedro Guasti, CEO da Ebit, empresa que monitora o comércio eletrônico brasileiro. Espera-se, também, uma expansão de 3% no número de pedidos, que passariam de 4,036 milhões para 4,155 milhões.
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O executivo aponta que, no mesmo período do ano passado, o cenário era de incertezas econômicas devido ao impeachment de Dilma Rousseff e uma taxa de inflação mais elevada. Atualmente, a confiança dos consumidores aumentou, mas ainda não é o suficiente para retomar o volume de vendas registrado entre 2003 e 2013, quando a taxa de crescimento era de 30% ao ano.
O valor médio das compras deve ser de R$ 416 no e-commerce, uma alta de 3,5% em relação a 2016O valor médio das compras também deve registrar uma elevação no Dia das Mães deste ano, passando de R$ 402 para R$ 416, uma alta de 3,5%. “O ticket médio é maior do que no varejo tradicional devido à cesta de consumo no e-commerce”, explica Guasti, explicando que 60% do volume financeiro do comércio eletrônico vem das vendas de eletrodomésticos, celulares e eletrônicos.
Movimento nas lojas físicas
Já a projeção das lojas físicas é diferente. De acordo com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP), entidade que representa mais de 150 mil comerciantes (a maioria de micro e pequenas empresas), as vendas devem seguir o mesmo patamar do ano passado, talvez, no máximo, registrar uma alta entre 1% e 2%. “O país passa por um momento de transformação e de transição em que o varejo é um dos setores mais afetados da economia”, afirma Mauricio Stainoff, presidente da FCDLESP.
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Mesmo assim, ele afirma que os lojistas estão um pouco mais confiantes neste Dia das Mães em relação ao do ano passado, acreditando também na recuperação da economia e das vendas. Os fatores apontados pelo presidente da entidade estão relacionados à liberação das contas inativas do FGTS e as menores taxas de juros e de inflação em 2017.