De acordo com o site “Entrepeneur”, Mark Zuckerberg tinha convicção de que algumas startups construiriam a maior rede social do mundo. Ele apenas não pensou que essa empresa seria o Facebook. “Isso não era algo que eu cogitava… É claro que não aconteceria com a gente”, pensava.
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Vivendo a partir de seu famoso mantra – “seja rápido e quebre tudo”-, Zuckerberg e sua equipe tornaram o Facebook uma rede social que, hoje, conecta 1,8 bilhão de pessoas.
Mas não foi apenas essa filosofia de acelerar as coisas que ajudou o jovem empreendedor a construir uma empresa multibilionária. Estratégias e métodos importantes dão ao time o foco necessário para crescer e levar esse mantra para a vida.
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Zuckerberg discutiu esses métodos no último episódio do Masters of Scale, um podcast de dez episódios que explora teorias não-convencionais de crescimento, apresentado por Reid Hoffman, cofundador do LinkedIn e sócio da Greylock, empresa de capital de risco do Vale do Silício.
Em sua conversa com Hoffman, Zuckerberg divide suas estratégias para crescer, assim como alguns métodos que podem servir para outros empreendedores.
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Veja 5 dicas de Mark Zuckerberg para fazer o Facebook crescer que também podem ajudar a sua empresa:
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iStock 1.Tenha convicção – você vai precisar
Quando o Facebook lançou seu feed de notícias, a ferramenta que permite que as pessoas vejam as novidades de seus amigos, o público não recebeu a mudança de braços abertos. “Muitas pessoas manifestaram preocupação”, lembra Zuckerberg.
No ano passado, em um post celebrando os dez anos da novidade, Ruchi Sanghvi – a mulher que supervisionou a ferramenta -, descreveu a repercussão negativa de maneira mais animada. “Nós lançamos o feed de notícias no meio da noite. Estávamos estourando champanhe, celebrando enquanto assistíamos os registros avançarem”, escreveu. “Nós não tínhamos ideia do que nos esperava na manhã seguinte. Acordamos com centenas de milhares de pessoas revoltadas. Durante a madrugada, grupos do Facebook como “eu odeio o feed de notícias” haviam sido criados. Repórteres e estudantes estavam acampados na frente dos escritórios. Nós tivemos de escapar pela porta dos fundos para sair de lá.”
Apesar das críticas, Zuckerberg e sua equipe sabiam que estavam lidando com algo grande. “Tudo se resume a convicção – o quanto você acredita naquilo que está fazendo”, disse a Hoffman. “Nós realmente acreditávamos que o feed era uma coisa boa. Não apenas eu, mas toda a equipe que estava trabalhando naquilo.”
E eles estavam certos. Os números de participação cresceram drasticamente depois que a ferramenta foi lançada – e o feed de notícias continua a ser o maior pilar da experiência do Facebook.
Ter convicções – e saber por que elas irão te ajudar a crescer – pode ser crucial para decidir quando escutar um feedback e quando esperar as críticas passarem.
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iStock 2. Teste, teste, teste
O Facebook não advinha – ele testa. Tudo para garantir a melhor experiência para os usuários. Um exemplo é que, todos os dias, a empresa pode rodar 10.000 versões diferentes da rede social para medir a forma como as pessoas estão compartilhando e se conectando, e quanta receita está sendo gerada.
“Dar às pessoas as ferramentas para obter dados sem ter que discutir se a sua ideia é boa antes de testar, liberta as pessoas para serem mais rápidas”, ele afirma.Essa agilidade faz com que os funcionários avancem – para que tenham mais feedbacks. “Nós temos um lema no Facebook que diz que ‘feito’ é melhor que ‘perfeito’. Essa é a ideia”, contou Zuckerberg a Hoffman. “Ter algo que te permite receber um feedback da comunidade, para que você possa começar a aprender se está indo na direção correta, é muito melhor do que tentar aperfeiçoar algo completamente.”
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iStock 3. Crie uma estrutura para inovação
A transição do Facebook para mobile foi difícil – e ensinou a empresa a como planejar mudanças. “Nós tivemos um começo ruim”, afirma Zuckerberg. “Nosso impulso inicial foi tentar fazer o mobile mais próximo do que conhecíamos, que era a web.”
Mas, enquanto estava trabalhando na plataforma móvel e estendendo novas ferramentas para desktop, a equipe não conseguia entender direito a nova experiência. “Nós tomamos uma decisão muito difícil na época, que era, basicamente, ficar sem nenhuma função nova por dois anos – algo maluco de se pensar”, contou. “Resumindo: era uma grande dedicação com o objetivo de construir um simples aplicativo para mobile.”
Para fazer a transição de sua equipe para essa nova estratégia, Zuckerberg forneceu treinamento e estabeleceu regras rigorosas para novas ideias. “Toda vez que você vier para a revisão de um produto, você precisa me mostrar a versão mobile primeiro ou eu irei te tirar do escritório”, ele se lembra de ter dito aos funcionários.
Ser claro sobre as expectativas pode ajudar os funcionários a focarem enquanto planejam grandes transições.
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iStock 4. Construa uma equipe pensando no longo prazo
A maioria dos integrantes da equipe de liderança do Facebook cresceu em seus atuais cargos, afirma Zuckerberg. “Dez pessoas do time administrativo basicamente chegaram nesses cargos a partir de coisas totalmente diferentes – desde uma mulher que começou como assistente executiva e agora lidera a equipe de crescimento até outra que começou como engenheira e hoje lidera um enorme grupo de produtos, depois de ter passado pelo departamento de recursos humanos”, diz.
Existe uma eficiência neste método, obviamente. “Quando se forma uma equipe administrativa de pessoas que já estavam na empresa, você tem o benefício de todas elas já terem trabalhado juntas e saberem como fazer as coisas. Esta é uma situação que gera confiança e um bom alinhamento aos valores”, afirma.
Mas contratações internas são também uma poderosa maneira de moldar a empresa e a cultura no longo prazo. Zuckerberg afirma que “isso passa uma mensagem para todos na empresa: a de que eles podem ser aquela pessoa em alguns anos se fizerem um bom trabalho e se superarem”.
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iStock 5. Contrate pessoas melhores do que você
A diferença entre as boas e as ótimas empresas está nas contratações, afirma Zuckerberg. Ele acredita que as melhores companhias possuem fundadores confiantes o suficiente para se cercarem de fortes talentos.
Para isso, o criador do Facebook desenvolveu uma regra simples: nunca contrate alguém para quem você não trabalharia. “Se as posições estivessem trocadas e você procurasse por um emprego, você estaria confortável em trabalhar para essa pessoa?”, ele questiona. “Eu basicamente penso que se a resposta for não, então você está fazendo algo adequado, mas não está fazendo tão bem quanto poderia.”
Esse método garante que novas contratações ajudem a empresa a se desenvolver. “Existem coisas que outro funcionário, por exemplo, faz muito melhor do que eu – e isso me torna melhor, assim como também melhora o Facebook”, diz o jovem bilionário. “Eu não tenho medo e não me sinto ameaçado por isso. Pelo contrário, é algo que eu valorizo.”
1.Tenha convicção – você vai precisar
Quando o Facebook lançou seu feed de notícias, a ferramenta que permite que as pessoas vejam as novidades de seus amigos, o público não recebeu a mudança de braços abertos. “Muitas pessoas manifestaram preocupação”, lembra Zuckerberg.
No ano passado, em um post celebrando os dez anos da novidade, Ruchi Sanghvi – a mulher que supervisionou a ferramenta -, descreveu a repercussão negativa de maneira mais animada. “Nós lançamos o feed de notícias no meio da noite. Estávamos estourando champanhe, celebrando enquanto assistíamos os registros avançarem”, escreveu. “Nós não tínhamos ideia do que nos esperava na manhã seguinte. Acordamos com centenas de milhares de pessoas revoltadas. Durante a madrugada, grupos do Facebook como “eu odeio o feed de notícias” haviam sido criados. Repórteres e estudantes estavam acampados na frente dos escritórios. Nós tivemos de escapar pela porta dos fundos para sair de lá.”
Apesar das críticas, Zuckerberg e sua equipe sabiam que estavam lidando com algo grande. “Tudo se resume a convicção – o quanto você acredita naquilo que está fazendo”, disse a Hoffman. “Nós realmente acreditávamos que o feed era uma coisa boa. Não apenas eu, mas toda a equipe que estava trabalhando naquilo.”
E eles estavam certos. Os números de participação cresceram drasticamente depois que a ferramenta foi lançada – e o feed de notícias continua a ser o maior pilar da experiência do Facebook.
Ter convicções – e saber por que elas irão te ajudar a crescer – pode ser crucial para decidir quando escutar um feedback e quando esperar as críticas passarem.