A General Electric começou a testar drones autônomos e rastreadores robóticos para fiscalizar refinarias, fábricas, ferrovias e outros equipamentos industriais, a fim de capturar uma fatia maior dos US$ 40 bilhões gastos anualmente por empresas em todo o mundo com inspeções.
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Em testes com clientes, os drones aéreos e os robôs são capazes de se mover ao redor e dentro de instalações remotas e perigosas, enquanto fotografam corrosão ou medem a temperatura, vibrações ou leituras de gás que podem ser analisadas por algoritmos computacionais e inteligência artificial, afirmou à Reuters Alex Tepper, diretor de desenvolvimento de negócios da Avitas Systems, uma startup da GE.
Os testes conduzidos pela IBM incluem câmeras acopladas ao Watson, de modo que possam reconhecer defeitos em componentes eletrônicosA companhia deve anunciar o novo negócio, que está focado nos setores de petróleo e gás, transporte e energia, ainda nesta terça-feira (13/06) em uma conferência em Berlim, na Alemanha. A empresa não é a primeira a combinar inteligência artificial com robótica para inspeção de instalações e processos industriais.
A IBM também afirmou que está trabalhando em sistemas conectados com sua tecnologia de inteligência artificial Watson há cerca de um ano e lançou alguns projetos em março.
Os testes conduzidos pela IBM incluem câmeras acopladas ao Watson, de modo que possam reconhecer defeitos em componentes eletrônicos. Outros projetos incluem sensores acústicos ou drones orientados pela tecnologia Watson para detectar linhas de energia desgastadas em torres elétricas remotas.
A IBM e a parceira ABB, um conglomerado suíço-sueco, estão combinando inspeção visual com robótica da ABB.
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“Essa é uma das áreas mais quentes dentro da Internet das Coisas”, disse Bret Greenstein, vice-presidente da IBM Watson, sem citar um potencial tamanho deste mercado.
A GE, por sua vez, disse que a Avitas combinará inteligência artificial com o conhecimento de sistemas industriais que produz e os negócios existentes de inspeção.
“Conhecemos muito bem esse equipamento, sendo que podemos programar os robôs, independentemente do tipo, para reunir a informação que precisamos para uma inspeção”, explicou Tepper.
As empresas gastam cerca de US$ 40 bilhões anualmente com inspeção de fábricas e equipamentos nos setores de petróleo e gás, transporte e energia, de acordo com Tepper. Ele prevê que os robôs não substituirão os humanos, mas ampliem seu alcance e reduzam os custos.