Bobby Kim construiu sua linha de streetwear há 14 anos. Atualmente, sua marca The Hundreds tem alcance mundial e é usada por celebridades como Kanye West e Justin Bieber.
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Quando era mais jovem, o filho de imigrantes coreanos se sentiu pressionado para seguir uma carreira mais “aceitável” e se estabelecer como advogado. E foi exatamente esse caminho que o levou a conhecer seu sócio e cofundador da grife de sucesso, Ben Shenassafer. Eles se juntaram por uma característica comum: a predileção pelo estilo streetwear e a cultura que o acompanha (punk, rock, skate e grafite).
Quando estava na faculdade de Direito, Kim carregava um livro de desenhos e ideias por toda parte, saciando sua vontade criativa entre as aulas e maratonas de estudos noturnos na biblioteca. Mas foi apenas ao entrar no tribunal superior, durante um verão, que ele realmente se sentiu capaz de executar e considerar uma carreira paralela. O chefe e mentor de Kim, que estava com câncer na época, o chamou para um almoço e disse: “Você será um advogado excelente e é um dos melhores estagiários que eu já tive, mas não deveria seguir este caminho. Você não é apaixonado pelo que faz. Quer chegar aos 40 anos e só então perceber que está trabalhando em algo que não ama de verdade?”.
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“Eu realmente acreditei nele naquele momento. Eu não dormi por uma semana depois daquilo”, lembra Kim. “A permissão de alguém como ele, que estava muito perto da morte… Existia muito mais sabedoria ali do que qualquer outra pessoa poderia tentar compartilhar comigo.”.
Kim começou, então, a criar. Pelo tempo que restava da faculdade, ele trabalhou das 2h às 5h na The Hundreds, dormindo apenas algumas horas antes de suas aulas, que começavam às 9h. Ele completou sua formação, mas sabia que aquela nunca seria sua carreira. “Aquela conversa foi uma verdadeira reviravolta para mim. Pela primeira vez, alguém me disse que era possível me sustentar com as minhas paixões.”
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O jovem empreendedor lembra que enfrentou muitos desafios empresariais e, aos 37 anos, hoje afirma ter conquistado grande parte de seu sucesso graças à ajuda de sua última terapeuta. “Sem ela, eu não estaria aqui hoje.”
Veja 4 mudanças de mentalidade que Kim aponta serem responsáveis por sua persistência no ramo empresarial e seu sucesso:
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iStock 1. Assuma suas responsabilidades e execute suas tarefas em vez de se culpar ou achar motivos para não fazer isso
“Eu sou culpado”, admite Kim. “Mas todos nós estamos livres para fazermos qualquer coisa que quisermos e, em algum momento, você realmente precisa dominar suas escolhas. Eu não posso colocar meu sucesso ou fracasso nas mãos de ninguém. É por minha conta.” Obviamente, privilégio é um fator a ser considerado para fazer “qualquer coisa que quiser”, mas quando se trata de se abrir para a possibilidade de assumir riscos ou assumir um trabalho, você está no comando do seu sucesso. “Eu vim para este mundo sozinho e vou deixar este mundo sozinho. Ninguém se importa com você tanto quanto você mesmo se importa”, enfatiza.
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iStock 2. Foque no trabalho em vez de focar no resultado
Kim ressalta que sempre focou na questão do orgulho em vez do ego. “O orgulho é mais sobre trabalho, o ego é sobre mim mesmo. Eu sou apenas um veículo para este trabalho. Em vez de tentarem se exibir como alguém melhor, os verdadeiros artistas tentam fazer o mundo parecer um lugar melhor. Este é nosso trabalho aqui.” Esta perspectiva permite ter controle sobre o nosso ‘sucesso’, pois é um subproduto do processo versus o resultado que estão, em grande parte, fora do nosso domínio. “Eu mensuro minha felicidade pelo tamanho do orgulho que tenho do que estou fazendo. Isso é tudo que importa. Nunca foi uma questão de dinheiro.”
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iStock 3. Veja as experiências como começos em vez de vitórias ou derrotas
Uma estratégia para continuar firme e estável em face da natureza imprevisível dos negócios (e da vida) é separar a interpretação da experiência ou resultado. Kim compartilha a vivência de ter que fechar lojas de varejo – o que normalmente seria considerado um fracasso. Ele não apenas teve mais tempo para sua arte, como também alugou os espaços vagos e ganhou mais dinheiro do que se as lojas ainda estivessem na ativa. “Então o que é isso? É um sucesso ou um fracasso?” Analisar as experiências através dessas lentes nos ajuda a sair da montanha-russa emocional do mundo dos negócios.
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iStock 4. Seja cético sobre as narrativas de sucesso que escuta em vez de querer imitá-las
“Essas coisas levam muito tempo”, afirma Kim, completando que nossa propensão é sempre ser influenciado pela narrativa empresarial glorificada. “Todos querem ver algo bombar de um dia para outro, pois essas são as histórias que nos inspiram.” Na verdade, essa percepção leva a estresse, frustração, decepção e vergonha. Ter expectativas realistas para seu ritmo de crescimento não vai prevenir essas emoções desnecessárias, mas vai facilitar planejamentos no longo prazo. “Seja paciente”, diz Kim. “Concentre-se e continue batalhando.”
1. Assuma suas responsabilidades e execute suas tarefas em vez de se culpar ou achar motivos para não fazer isso
“Eu sou culpado”, admite Kim. “Mas todos nós estamos livres para fazermos qualquer coisa que quisermos e, em algum momento, você realmente precisa dominar suas escolhas. Eu não posso colocar meu sucesso ou fracasso nas mãos de ninguém. É por minha conta.” Obviamente, privilégio é um fator a ser considerado para fazer “qualquer coisa que quiser”, mas quando se trata de se abrir para a possibilidade de assumir riscos ou assumir um trabalho, você está no comando do seu sucesso. “Eu vim para este mundo sozinho e vou deixar este mundo sozinho. Ninguém se importa com você tanto quanto você mesmo se importa”, enfatiza.