A Fibria teve prejuízo líquido de R$ 259 milhões no segundo trimestre, revertendo o resultado líquido positivo de R$ 745 milhões em igual período de 2016, conforme as despesas financeiras atreladas à valorização do dólar ante o real ofuscaram uma receita maior decorrente da elevação dos preços da celulose.
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A receita líquida trimestral subiu 16% ano a ano, para R$ 2,775 bilhões, impulsionada pela alta de 14% do volume vendido e pelo aumento de preços – em 2017, a Fibria tem promovido reajustes desde o início do ano, citando demanda forte em regiões como China.
Entre abril e junho, a companhia vendeu 1,534 milhão de toneladas de celulose, maior volume para um segundo trimestre desde a criação da empresa, em 2009, a partir da fusão entre Aracruz e Votorantim Celulose e Papel (VCP). O custo do produto vendido aumentou 16% na comparação anual.
Segundo material de divulgação do balanço, a alta de preços e volumes aliada à apreciação do dólar ante o real impulsionou a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado para R$ 1,07 bilhão, aumento de 66% sobre o primeiro trimestre e de 16% na base anual.
Ao mesmo tempo, contudo, a valorização da moeda norte-americana teve efeito negativo sobre a dívida e instrumentos de hedge, gerando uma despesa financeira de R$ 789 milhões no segundo trimestre, ante resultado financeiro positivo de R$ 1,095 bilhão um ano atrás.
A Fibria acumulava dívida líquida de R$ 12,6 bilhões ao fim de junho, 11% maior ante março e 30% superior ao nível observado em igual mês de 2016. A alavancagem medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda em reais subiu a 3,85 vezes, de 3,63 vezes no primeiro trimestre e 1,82 vez no segundo trimestre do ano passado.
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A maior produtora de celulose de eucalipto do mundo reduziu em 22% os investimentos entre abril e junho, para R$ 1,05 bilhão, em função de gastos menores com o projeto Horizonte 2, que se encontrava na reta final, com 96% da execução concluída.
Às 10h35, as ações ordinárias da Fibria tinham baixa de 1,45%, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,8%. Em 2017, os papéis da empresa acumulam valorização de cerca de 7%.