O lucro do Santander Brasil subiu quase 40% no segundo trimestre, uma vez que o controle da inadimplência e das despesas administrativas compensaram com sobras a continuada fraqueza nas operações de crédito.
LEIA MAIS: Os 25 Melhores CEOs do Brasil
O maior banco estrangeiro no país informou nesta sexta-feira (28) que seu lucro líquido somou R$ 1,879 bilhão, alta de 3% sobre janeiro a março e de 39,5% contra igual período do ano passado. O lucro recorrente, que exclui despesas com amortização de ágio, somou R$ 2,335 bilhões, alta sequencial de 2,4% e aumento de 29,3% ante mesma etapa de 2016.
A carteira de crédito ampliada da instituição fechou junho em R$ 324,94 bilhões, 0,1% menor do que três meses antes, mas subiu 5,4% em 12 meses.
Ainda assim, a margem financeira líquida, que mede o ganho do banco nas operações de empréstimos, subiu 27,3% em 12 meses, a R$ 6,74 bilhões. Sobre o trimestre anterior, a alta foi de 2%. O dado mostra que a instituição conseguiu manter margens, mesmo num cenário de queda dos juros.
Adicionalmente, as receitas com tarifas e serviços cresceram 2,2% do primeiro para o segundo trimestre, somando R$ 3,79 bilhões. Ano a ano, essa linha cresceu 17,9%.
VEJA TAMBÉM: 29 bancos mais importantes do mundo
Na outra ponta, a despesa do banco com provisões para perdas com calotes, já descontado o volume de recuperação de créditos, somou R$ 2,36 bilhões, quedas de 4,3% e de 6,2% nas comparações trimestral e anual, respectivamente.
O dado veio na esteira do controle da qualidade da carteira, com o índice de inadimplência acima de 90 dias em 2,9%, estável ante março e queda de 0,3% em 12 meses.
A despesa geral, que inclui administrativa e salários, caiu 1,7% contra o primeiro trimestre, a R$ 4,55 bilhões. Contra um ano antes, esta linha teve alta de 5%. Em 12 meses até junho, o banco perdeu 2,28 mil empregados.
Com essa combinação, o Santander Brasil, principal fonte de resultados do espanhol Santander, teve rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 15,8% no segundo trimestre, queda sequencial de 0,1%.