O Banco do Brasil teve forte aumento do lucro no segundo trimestre, apoiado em menores despesas administrativas e com provisões para calotes, embora seu índice de inadimplência tenha voltado a subir.
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O banco controlado pelo governo federal anunciou nesta quinta-feira (10) que seu lucro líquido somou R$ 2,619 bilhões no período, alta de 6,2% ante mesma etapa de 2016. Em termos ajustados, o lucro foi de R$ 2,65 bilhões, um salto de 47% na comparação com igual etapa do ano passado.
Numa mão, as despesas do grupo com provisões para perdas com calotes caíram 19,6% ano a ano, para R$ 6,66 bilhões. Na comparação sequencial, houve recuo de cerca de 1%.
E as despesas operacionais caíram 4,4% sobre mesma etapa de 2016, para R$ 12,68 bilhões, refletindo em parte um programa de cortes de custos no fim de 2016, que fechou cerca de 550 agências e cortou cerca de 10 mil funcionários.
Ao mesmo tempo, as receitas do BB com tarifas cresceram 7,3% sobre um ano antes (3,6% sobre o trimestre anterior), a R$ 6,32 bilhões.
Isso ajudou a compensar menores receitas com crédito, uma vez que a fraca atividade econômica fez o estoque ampliado de empréstimos do banco recuar 7,6% em 12 meses, fechando junho em R$ 696,1 bilhões. O BB, inclusive, mudou a previsão para a carteira no país em 2017, agora estimando queda de 1 a 4%, ante previsão anterior de alta de 1 a 4%.
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Outro ponto negativo do balanço foi o aumento do índice de inadimplência acima de 90 dias, chegando a 4,11%, antes 3,89% do trimestre anterior e dos 3,26% da mesma etapa de 2016, na contramão dos rivais Santander Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco.
Mesmo desconsiderando casos específicos, o índice do BB teria subido de 3,47 para 3,7% do primeiro para o segundo trimestres.
De todo modo, o BB fechou o trimestre com rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 10,7%, em termos ajustados, um aumento de três pontos percentuais sobre um ano antes.
ESTIMATIVAS
Mesmo tendo atingido no primeiro semestre o ritmo previsto de margem financeira bruta, com alta de 0,3%, o BB mudou a estimativa para o ano, de alta de zero a 4% para queda de 4% a estabilidade.