A companhia de transportes urbanos via aplicativo Cabify lança nesta terça-feira (1) um serviço de táxi aéreo na cidade de São Paulo, em parceria com a startup de serviços de helicóptero Voom, apostando em fortalecer sua posição no mercado corporativo, disse à Reuters o diretor-executivo da companhia de origem espanhola no Brasil.
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A Cabify, que já opera um serviço similar de táxi aéreo na Cidade do México, pretende investir na otimização do tempo de uso dos helicópteros para diminuir o custo dos voos e se tornar mais competitiva diante de empresas que já realizam o serviço em São Paulo, disse o diretor-executivo da companhia, Daniel Bedoya.
São Paulo tem uma frota de cerca 410 helicópteros e mais de 200 helipontos, tornando-a a segunda cidade com maior número de helicópteros do mundo“Hoje as aeronaves passam muito tempo paradas. Então a gente traz como solução mais utilização desse ativo fixo, o que reflete em redução de preço”, disse Bedoya, acrescentando que considerando o tempo de viagem de trechos populares entre São Paulo até o aeroporto internacional de Guarulhos (SP), existe a possibilidade para “um voo a cada hora” na cidade.
São Paulo tem uma frota de cerca 410 helicópteros e mais de 200 helipontos, tornando-a a segunda cidade com maior número de helicópteros do mundo, segundo dados do órgão de turismo da capital paulista.
EXPANSÃO
O período de testes da parceria entre Cabify e Voom deve durar alguns meses, o que não significa que o acordo será rompido no final do prazo, disse Bedoya. Inicialmente serão disponibilizadas “algumas dezenas de helicópteros”, operando em trechos que conectam seis helipontos na cidade, mas podem acontecer ajustes de acordo com a demanda.
Os valores vão de R$ 150 a R$ 600, para voos entre os helipontos dos aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Campo de Marte e outros pontos que incluem a região do centro financeiro da avenida Faria Lima e das Nações Unidas, locais atendidos pela Voom atualmente.
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Ainda não há previsão de expansão do serviço de táxi aéreo para outras cidades brasileiras, mas capitais como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte e cidades da grande São Paulo seriam potenciais candidatas, disse Bedoya.
Já a divisão de carros da companhia, junto com outras empresas do setor como Uber e 99, sofreu um revés em julho, com a nova regulamentação da prefeitura de São Paulo, que permite que apenas veículos emplacados no município pratiquem serviços comerciais via aplicativos.
De acordo com Bedoya, a companhia é contra o posicionamento do governo muncipal, alegando que a medida prejudica a mobilidade urbana e está agindo em múltiplas frentes para revogar a norma.
“Temos entrado com alguns processos em cima dessa regulamentação adotada pela prefeitura. A gente já conversou com os motoristas que têm placas de outros lugares para fazerem todo o processo de emplacamento em São Paulo (…) e estamos entrando em contato com o governo de São Paulo todos os dias”, disse Bedoya.