O magnata das telecomunicações Carlos Slim Helú vendeu US$ 10 milhões em ações do “New York Times”, de acordo com um relatório de terça-feira (2) da SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos.
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A holding da família Slim, Grupo Carso, vendeu 521.500 ações em 28 de julho – uma pequena fração do total da sua participação -, um dia depois que um dos mais importantes jornais do mundo divulgou os resultados do segundo trimestre. O valor das ações do “New York Times” aumentou cerca de 50% no último ano, então é possível que a intenção de Slim tenha sido assegurar ganhos. Arturo Elías Ayub, genro e porta-voz de Slim, não quis comentar o assunto.
Bilionário mexicano, destaque no mundo das telecomunicações, tem patrimônio estimado em US$ 68,2 bilhõesNo começo de 2015, Slim mais que dobrou sua participação no “New York Times” – para aproximadamente 17% -, tornando-se o maior investidor do jornal. O magnata do mundo dos negócios, com um império das telecomunicações que opera em 18 países latino-americanos, pagou US$ 101,1 milhões para adquirir cerca de 16 milhões de ações classe A da empresa por um preço de mais de US$ 6,36 cada uma, aumentando sua participação de 7% para 16,8%.
Slim era proprietário de 28 milhões de ações no total antes da venda da semana passada – cerca de 9 milhões delas são de propriedade da sua empresa de finanças, o Grupo Financiero Inbursa. Sua participação direta no “New York Times” vale, atualmente, perto de US$ 370 milhões.
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De acordo com o ranking em tempo real dos bilionários do mundo de FORBES, o patrimônio de Slim é estimado em US$ 68,2 bilhões, o que faz dele a 6ª pessoa mais rica do mundo.
Em 27 de julho, o “New York Times” divulgou um lucro líquido no segundo trimestre de US$ 15,6 milhões, depois de registrar perdas no mesmo período do ano anterior. Em uma base por ação, a empresa localizada em Nova York afirmou lucro de US$ 0,09. Os rendimentos, ajustados por ganhos e lucros, chegaram a US$ 0,18 por ação.
Entidades vinculadas a Slim exercitaram os direitos adquiridos por ele em 2009, quando emprestou à empresa US$ 250 milhões durante o auge da crise financeira. O “New York Times”, controlado pela família Ochs-Sulzberger por meio de ações classe B, pagou o empréstimo em 2011.