Aos 25 anos de idade, Luisa Zhou tinha um salário de seis dígitos como líder de equipe de uma grande empresa. Apesar do sucesso, ela se sentia confusa, desestimulada e reprimida. “Não apenas meu lado criativo estava de lado. Tudo estava. A maior parte de nós tem muitas habilidades, mas a maioria dos empregos requer apenas um certo conjunto delas. O meu potencial não estava sendo completamente utilizado”, conta.
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Em paralelo, a família da jovem passou por muitas emergências de saúde e ela não conseguiu estar presente. Ao perceber que estava perdendo momentos importantes com as pessoas que amava, ficou ainda mais claro seu desejo por autonomia. “Eu decidi que eu precisava fazer isso pela minha família, inclusive pelos filhos que eu teria no futuro.”
Em vez de mergulhar em um estado de medo e pânico por deixar seu emprego, a jovem empreendedora se preparou e usou horários de almoço, noites e finais de semana como tempo para a construção do novo negócioLuisa participou, então, de uma conferência para empreendedores online. Durante uma sessão de perguntas e respostas, pessoas bem-sucedidas atenderam a uma longa fila de aspirantes a homens e mulheres de negócios. “A única diferença entre as pessoas que estavam fazendo as perguntas e aquelas que as respondiam é que estas últimas tinham agido – apesar de seus medos”, lembra. Isso a inspirou a ultrapassar o campo da tentativa.
Com as mesmas habilidades que usava em seu emprego, Luisa começou a oferecer consultoria de publicidade por meio do site LuisaZhou.com. Enquanto o negócio paralelo crescia e as pessoas começavam a buscar seus conselhos, ela começou a ensinar outro público a construir seu próprio serviço ou negócio baseado em educação. Ao usar sua sabedoria motivacional e sua esperteza para os negócios, Luisa rapidamente começou a impulsionar carreiras – inclusive a sua própria.
Em quatro meses, um cliente bem-sucedido após o outro a levaram a ganhar US$ 106 mil. Luisa deixou, então, seu trabalho em tempo integral para focar no novo negócio e, antes do fim do primeiro ano, já tinha ganho seu primeiro US$ 1 milhão.
Em vez de mergulhar em um estado de medo e pânico por deixar seu emprego, a jovem empreendedora se preparou e usou horários de almoço, noites e finais de semana como tempo para a construção do novo negócio.
Ela diz que sentir que você precisa ser um titã da organização ou manter um cronograma perfeito pode ser desencorajador. “Apenas encaixei a nova atividade em todas as brechas que eu tinha. Não era uma perfeição. Eu precisava de certa disciplina, mas também não era perfeita”, lembra. “É realmente apenas uma questão de prioridades. Todos podem achar tempo para ir para casa e assistir a alguns episódios na Netflix. Então, é sobre o que você está disposto a abrir mão no curto prazo para ter o que você quer no longo prazo.”
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Luisa recomenda que aqueles que querem ter seu próprio negócio de serviços comecem conversando com clareza com as pessoas. “Pergunte: ‘Ei, algo assim seria do seu interesse?’ Saiba se as pessoas estariam dispostas a pagar pelo que você quer oferecer. Isso é grande. E, quando você fala com alguém, se torna mais real.”
Além disso, um conselho é criar algo sem cobrar. “Eu comecei respondendo às perguntas das pessoas. Eu não sabia o que eu poderia vender. Não tinha um pacote, eu apenas comece criando valor.” Ela encontrou pessoas fazendo perguntas sobre marketing, publicidade e empreendedorismo (suas áreas de especialidade) em grupos no Facebook e começou a respondê-las.
E, por fim, é fundamental fazer ofertas. “Muitas pessoas apenas esperam que seus clientes venham até elas. Eu cometi esse erro também. Criei um website e pensei: ‘As pessoas vão me encontrar’. Não. Você precisa perguntar. Faça uma oferta muito simples: ‘Se você quiser trabalhar mais comigo, se quiser mais resultados, eu posso ajudá-lo com A, B e C. Diga-me se quer que eu trabalhe com você.’”
De acordo com ela, não é necessário ficar se perguntando qual é o seu posicionamento perfeito, o website perfeito ou como vai conseguir seus primeiros 100 clientes. Tudo isso é necessário, mas depois. “Só depois que você tiver saído da ideia e ido para ações concretas”, ensina.
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Hoje, aos 28 anos, Luisa ama a flexibilidade de seu cronograma. Ela faz, por exemplo, exercícios no final da manhã. E organiza seu próprio tempo: terças-feiras são para ligações, quartas para criar conteúdo, e assim por diante. “É muita disciplina, mas com muita liberdade. E, claro, se eu quiser um dia de folga, viajar mais ou trabalhar de qualquer lugar, eu posso.”
Seu objetivo central é continuar a criar os melhores programas de educação e coaching para ajudar outros homens e mulheres ambiciosos a construir seus negócios enquanto trabalham, e também na transição de funcionário para empreendedor. “Alguma coisa estranha acontece quando você decide não deixar seu medo ser maior do que os seus sonhos e age. Depois que você faz isso, é tão mais libertador que você sabe que pode sair e fazer de novo”, diz Luisa.