O herdeiro do Grupo Samsung, Jay Y. Lee, negou as acusações de suborno envolvendo a ex-presidente sul-coreana, Park Geun-hye, e disse que não tinha conhecimento de que ela tivesse feito qualquer pressão para o pagamento de propina, ao concluir dois dias de testemunho em seu julgamento por corrupção nesta quinta-feira (3).
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Ao testemunhar pela primeira vez desde que foi preso, em fevereiro, Lee disse que não exerceu grande poder na administração do conglomerado. Seu papel tem sido, em grande parte, limitado à vice-presidência da Samsung Electronics, disse o herdeiro de 49 anos de um dos maiores conglomerados da Ásia.
“De 90% a 95% do meu trabalho tem relação com a Samsung Electronics e suas afiliadas. E, para outros assuntos, fui auxiliado pelo escritório de estratégia corporativa”, disse ele, referindo-se ao agora dissolvido centro de poder do grupo, que era liderado por Choi Gee-Sung.
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Choi, o mentor de Lee e ex-vice-presidente do conselho da Samsung Electronics, disse em testemunho separado que assumiu maior responsabilidade do que Lee como chefe do escritório de estratégia corporativa, duramente criticado por seu papel no escândalo de corrupção. “Como chefe do escritório de estratégia corporativa, era minha responsabilidade tomar uma decisão final”, disse Choi.
O tribunal planeja concluir o julgamento de Lee até 27 de agosto, quando o período de detenção de Lee termina. Park, que assim como Lee permanece detida por acusações de corrupção e abuso de poder, negou qualquer infração em um julgamento separado. No mês passado, Lee recusou-se a testemunhar no julgamento de Park, uma vez que seus advogados alertaram que isso poderia colocá-lo em perigo.