Maiores sucessos e fracassos da última temporada de cinema

Verão teve um subgênero dominante: os filmes de super-heróis baseados em histórias em quadrinhos

Redação

O sucesso de bilheteria de um filme é algo extremamente imprevisível – e a temporada de cinema deste verão no hemisfério norte é prova disso. Franquias cujos sucesso parecia certo para os estúdios, como “Transformers” e “Planeta dos Macacos”, foram grandes fracassos, ou, no mínimo, empolgaram menos do que seus antecessores.

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A temporada teve um subgênero dominante: os filmes de super-heróis baseados em histórias em quadrinhos. Os três longas que mais arrecadaram nos Estados Unidos, “Mulher Maravilha” (US$ 404 milhões), “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (US$ 389 milhões) e “Homem Aranha: De Volta ao Lar” (US$ 315 milhões), seguem essa fórmula.

Veja, na galeria de fotos, os maiores vencedores e perdedores da temporada:

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    Vencedores: filmes de super-heróis de quadrinhos
    Os três maiores arrecadadores nos Estados Unidos neste verão foram, de longe, “Mulher Maravilha” (US$ 404 milhões), “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (US$ 389 milhões) e “Homem Aranha: De Volta ao Lar” (US$ 315 milhões). O panorama mundial é um pouco mais complicado graças a “Meu Malvado Favorito 3”, mas todas as três grandes aventuras de super-heróis tiveram críticas sólidas, estreias fortes e arrecadações a longo prazo.

    Os críticos gostaram, as audiências lotaram as salas de cinema e os três foram posicionados para dominar o mês em que foram lançados. O subgênero foi tão dominante que agosto foi fraco por não ter um filme do estilo para arrecadar dinheiro. O próximo verão, com “Jurassic World: O Reino Está Ameaçado” e “Han Solo: A Star Wars Story”, deve trazer alguma variedade para o topo.

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    Perdedor: franquias de ação sem super-heróis
    Com uma exceção, “Piratas do Caribe: O Baú da Morte” (US$ 787 milhões arrecadados mundialmente), todos os grandes lançamentos de live-action que não eram baseados em um livro de história em quadrinhos tiveram desempenho pior do que o esperado ou foram um grande fracasso. “Rei Arthur: A Lenda da Espada”, “A Múmia”, “Transformers: O Último Cavaleiro”, “Planeta dos Macacos: A Guerra”, “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” e “A Torre Negra” tropeçaram em relação às expectativas ou a seu antecessor imediato.

    O terceiro filme do “Planeta dos Macacos” recebeu ótimas críticas, mas não conseguiu superar a narrativa sombria e muito similar de “Planeta dos Macacos: O Confronto”, enquanto “Valerian” vacilou em um mundo onde ser único foi uma desvantagem. Fora isso, foram majoritariamente continuações mal avaliadas que falharam em se conectar com os filmes anteriores. Quando ir ao cinema não é mais a opção de entretenimento padrão, ser o maior lançamento da semana não é o suficiente.

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    Vencedor: críticas
    Independentemente de o famoso efeito “Rotten Tomatoes” (site que mostra a porcentagem de críticas positivas e negativas) sobre a bilheteira de um filme ser uma coisa real ou apenas o subproduto de uma população que tem opções de entretenimento melhores do que o quinto “Transformers” ou a mais nova versão da “Múmia”, as críticas de cinema, pelo menos no geral, parecem ter voltado a importar. Franquias anteriormente bem avaliadas, como “Transformers”, receberam inúmeras críticas negativas, enquanto filmes que pareciam ser à prova de críticas, como “Baywatch” e “Múmia”, viram sua rentabilidade cair na medida em que as avaliações negativas foram sendo divulgadas.

    Ainda que as críticas positivas não tenham sido capazes de salvar tudo (“Logan Lucky”, “Detroit” etc.), houve uma relativa correlação neste verão entre filmes que receberam avaliações majoritariamente positivas e aqueles que obtiveram sucesso nas bilheterias.

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    Perdedores: estrelas de cinema
    De acordo com a lista FORBES de atores mais bem pagos, a estrela de cinema que mais ganhou neste ano foi Mark Wahlberg. Apesar da qualidade, “Deepwater Horizon” e “O Dia do Atentado”, do ano passado, foram duas bombas, enquanto “Transformers” deste ano foi um grande arrecadador (US$ 601 milhões). “The House”, de Will Ferrell, foi sua comédia mainstream menos lucrativa de todos os tempos, enquanto Channing Tatum, de “Logan Lucky”, acabou de marcar o menor lançamento mundial de grandes filmes até então.

    Scarlett Johansson e Amy Schumer não conseguiram fazer com que “A Noite é Delas” e “Snatched” virassem hits, e Dwayne Johnson também não obteve sucesso em salvar “Baywatch: S.O.S. Malibu”. Isso é assustador se levarmos em consideração que comédias baratas com elenco formado por estrelas costumavam ser uma aposta segura. Além disso, Idris Elba e Matthew McConaughey não conseguiram garantir o sucesso de “A Torre Negra”. Certamente, Johnny Depp foi grande parte do motivo de “Piratas do Caribe” ter feito sucesso, Tom Cruise ajudou “A Múmia” a chegar aos US$ 405 milhões mundiais e a “Dupla Explosiva” é um hit antigo.

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    Vencedor: Warner Bros
    Warner Bros./Time Warner Inc. ainda conseguiu ser um vencedor no verão com “Rei Arthur: A Lenda da Espada”, assim como Walt Disney foi feliz no verão de 2015 mesmo com “Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível”. Assim que a WB tirou o filme fracassado do caminho, suas jogadas foram quase perfeitas. Esta foi uma estação em que houve apenas um filme de sucesso de qualquer tipo fora do subgênero de histórias em quadrinho.

    O estúdio conseguiu ser bem-sucedido em todos diversos gêneros: “Mulher Maravilha”, o drama “Dunkirk”, a adaptação para jovens adultos “Tudo e Todas as Coisas” e o filme de terror “Annabelle 2: A Criação do Mal”. Sim, eles falharam com “The House”, mas suas grandes vitórias superaram as perdas.

    A Universal/Comcast Corp. teve um inverno e uma primavera tão bem-sucedidos que não precisava ter feito nada no verão e, ainda assim, continuaria vencedora. Mas a WB tinha mais para provar, e conseguiu.

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    Perdedor: Paramount
    Não é segredo que a Paramount/Viacom Inc. esteve em um inferno de bilheteria por quase dois anos e, em 2017, duas ofertas que pareciam seguras se revelaram grandes desilusões. A comédia de Dwayne Johnson e Zac Efron, “Baywatch”, foi uma vítima antecipada do movimento de “as críticas importam”, além de ter gastado muito dinheiro (US$ 69 milhões) em poucas risadas que justificassem seus desanimadores US$ 176 milhões mundiais.

    “Transformers: O Último Cavaleiro”, de Michael Bay, foi o “Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira” da série, com um declínio que foi comparativamente catastrófico mesmo com uma arrecadação mundial de US$ 600 milhões (sobre um orçamento de US$ 216 milhões). Eles tiveram dois grandes filmes, um envolvendo sua franquia mais preciosa, e os dois fracassaram. Agora, tudo o que têm é uma franquia “Transformers” em menor escala e a série “Missão Impossível”. Isso não é nada, mas também não é muito.

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    Vencedores: as mulheres
    Neste verão, parece difícil argumentar que a enxurrada de performances boas e ótimas conduzidas por mulheres foram algum tipo de coincidência.

    “Mulher Maravilha” foi impressionante, tornando-se o maior arrecadador do verão nos Estados Unidos e o maior de fora da Universal/Disney desde “Jogos Vorazes – Em Chamas”. “Annabelle 2: A Criação do Mal” já arrecadou US$ 165 milhões mundiais sobre um orçamento de US$ 19 milhões. Você não precisa marcar um jogo perfeito para alcançar uma vitória. “Atômica” não foi um sucesso incrível, mas sua arrecadação de US$ 75 milhões até então sobre um orçamento de US$ 30 milhões não é ruim para um filme de Charlize Theron, e “Tudo e Todas as Coisas” arrecadou US$ 55 milhões mundiais face um orçamento de US$ 10 milhões.

    De fato, “A Noite é Delas” e “Snatched” desapontaram, mas “Girls Trip” já passou dos US$ 100 milhões sobre um orçamento de US$ 19 milhões. E mais uma vez: você não precisa de um jogo perfeito para alcançar uma vitória. Com “47 Meters Down” (US$ 42 milhões), “O Estranho que Nós Amávamos” e “Kidnap” foi fácil encontrar um filme conduzido por uma mulher nos cinemas neste verão.

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    Perdedor: animações

    “Meu Malvado Favorito 3”, da Universal/Comcast Corp., arrecadou US$ 255 milhões até agora na América do Norte e foi o maior arrecadador global deste verão, com US$ 948 milhões. Mas todas as outras animações norte-americanas causaram desilusão. Se a temporada passada foi dominada por animações e filmes de histórias em quadrinhos, este verão teve espaço suficiente para apenas um subgênero dominante.

    A animação da DreamWorks “Capitão Cueca” fez sucesso entre o público infanto-juvenil, mas ainda está em menos de US$ 100 milhões em todo o mundo, o que seria uma grande catástrofe se não fosse pelo fato de ter custado cerca de US$ 40 milhões para produzir (diferente da média que fica entre US$ 125 milhões e US$ 150 milhões do estúdio). “Carros 3”, de Walt Disney e Pixar, foi um desastre doméstico: arrecadou menos de US$ 150 milhões nos EUA, acabou de ultrapassar os US$ 300 milhões no mundo e espera por um milagre na China.

    O “O Que Será de Nozes? 2” ainda tem de ganhar o que o primeiro ganhou em seu final de semana de lançamento. A animação do Illumination foi um grande hit sobre um orçamento de US$ 80 milhões, mas as outras animações do verão foram grandes fracassos. Alegadamente, “Carros 3” vende muito em publicidade, mas pode acabar sendo um dos maiores fracassos da Pixar. Resta torcer para que “My Little Pony”, “LEGO Ninjago”, “O Touro Ferdinando” e “Viva – A Vida é Uma Festa” tenham um desempenho um pouco melhor, pois precisa haver espaço para mais de uma grande animação por vez.

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Vencedores: filmes de super-heróis de quadrinhos
Os três maiores arrecadadores nos Estados Unidos neste verão foram, de longe, “Mulher Maravilha” (US$ 404 milhões), “Guardiões da Galáxia Vol. 2” (US$ 389 milhões) e “Homem Aranha: De Volta ao Lar” (US$ 315 milhões). O panorama mundial é um pouco mais complicado graças a “Meu Malvado Favorito 3”, mas todas as três grandes aventuras de super-heróis tiveram críticas sólidas, estreias fortes e arrecadações a longo prazo.

Os críticos gostaram, as audiências lotaram as salas de cinema e os três foram posicionados para dominar o mês em que foram lançados. O subgênero foi tão dominante que agosto foi fraco por não ter um filme do estilo para arrecadar dinheiro. O próximo verão, com “Jurassic World: O Reino Está Ameaçado” e “Han Solo: A Star Wars Story”, deve trazer alguma variedade para o topo.

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