A empresa de mídia francesa Vivendi disse nesta segunda-feira (7) que não tem “controle de fato” da Telecom Italia de acordo com a lei italiana.
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Reconhecer o “controle de fato” da Telecom Italia obrigaria a Vivendi a consolidar suas contas, incluindo uma dívida financeira líquida ajustada de € 25 bilhões (US$ 29,6 bilhões).
A declaração da Vivendi, embora técnica em sua redação, ressalta a crescente pressão que enfrenta na Itália, onde as autoridades locais estão cada vez mais questionando a forma como a empresa francesa entrou nos negócios de telecomunicações e radiodifusão.
Liderada pelo bilionário francês Vincent Bollore, a Vivendi abalou a governança da Telecom Italia desde que se tornou o maior acionista da italiana, com uma participação de 24%, e colocou dois de seus principais executivos no comando.
A francesa também tem uma participação de 29% na maior emissora comercial da Itália, a Mediaset, tornando-se a segundo maior acionista depois do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.
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O governo da Itália está investigando se a Vivendi violou a obrigação de notificar Roma sobre o papel de “direção” na Telecom Italia, considerada um ativo nacional estratégico. “A participação [da Vivendi] na Telecom Italia não é suficiente para permitir que exerça, de forma estável, uma influência dominante nas assembleias de acionistas da Telecom Italia”, afirmou a Vivendi em comunicado, ao explicar por que não considera ter total controle da Telecom Italia.
A Vivendi, que possui uma capitalização de mercado de € 25,8 bilhões, emitiu a declaração em resposta a uma solicitação formal do órgão controlador de mercados da Itália, o Consob.