A Votorantim SA teve lucro de R$ 554 milhões no segundo trimestre, crescimento de 73,7% ante mesmo período de 2016, impulsionado por melhora de resultados de empresas investidas e reversão de provisão tributária.
LEIA MAIS: Votorantim tem prejuízo de R$ 546 mi no 1º trimestre
A companhia, que tem negócios em cimento, metais, celulose, suco de laranja, energia e no setor financeiro, afirmou que a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 1,5 bilhão no período, alta de 4% sobre um ano antes.
A reversão da provisão refere-se a R$ 266 milhões e é ligada à exclusão do ICMS sobre a base de cálculo do PIS/Cofins, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mais cedo neste ano. Segundo comunicado da companhia à imprensa, “o efeito nas demonstrações financeiras não foi integral, uma vez que ainda se aguarda a modulação a ser disponibilizada pela corte”.
A receita líquida recuou 2% no período, para R$ 6,9 bilhões de reais. O faturamento foi impactado pela fraqueza nas vendas de cimento no Brasil, principal negócio do grupo, além da valorização de 8% do real frente ao dólar, que reduziu o resultado dos negócios internacionais.
VEJA TAMBÉM: O segredo da brasileira Fibria para se transformar em uma multinacional de R$ 10 bi
Segundo dados do sindicato que representa os produtores de cimento, a indústria brasileira acumula queda de 9,2% nas vendas do insumo de janeiro a julho deste ano sobre o mesmo período do ano passado e a previsão é que as vendas do setor terminem 2017 em queda de 5% a 9%.
A Votorantim SA terminou junho com dívida líquida de R$ 16 bilhões, alta de 8% sobre o fim de 2016. A relação de alavancagem medida pela dívida líquida sobre Ebitda foi de 3,89 vezes, ante 3,44 vezes no fim do ano passado.