Avaliado em cerca de US$ 830 bilhões, o valor de mercado da Apple no dia do lançamento de seu mais novo iPhone supera em muito o valor de seu próximo maior rival e Wall Street se pergunta: será a primeira empresa listada a quebrar a marca Big T?
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Se a história ensina algo, o lançamento do iPhone X – edição de 10 anos de aniversário do dispositivo – sinaliza que o marco de US$ 1 trilhão pode ser batido ainda este ano.
As ações da Apple, em média, subiram 33% no ano seguinte a cada um dos eventos de lançamento de seus iPhones, desde o primeiro, em 9 de janeiro de 2007. O papel subiu no ano seguinte aos anúncios em sete dos dez casos e caiu em três.
Em seu nível atual, as ações da Apple precisam subir quase 20% para atingir a primeira capitalização de mercado de 13 dígitos.
Alguns analistas dizem que a família real saudita estabeleceu o valor da gigante de petróleo saudita Aramco em US$ 2 trilhões ou mais, mas não há registros públicos para confirmar isso até sua oferta pública inicial de ações no ano que vem.
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Dos 38 analistas de Wall Street que cobrem a Apple, dois já têm preços-alvo para a ação e preveem um valor de mercado da empresa acima do nível de US$ 1 trilhão.
Brian White, da Drexel Hamilton, cujo preço-alvo de US$ 208 para a ação é o mais alto de Wall Street e equivale a um valor de mercado de US$ 1,075 trilhão com o número atual de papéis em circulação, voltou do evento de terça-feira (12) convencido de que a ação ainda pode subir mais. “Nós continuamos a acreditar que o papel da Apple não apenas se beneficiará com o próximo ciclo de iPhones, mas também da iniciativa de distribuição de capital da companhia, avaliação atrativa e potencial para novas inovações”, escreveu ele em uma nota a clientes. “Sendo assim, não acreditamos que a corrida da Apple se encerrará hoje (terça-feira) com o evento do iPhone, mas ainda tem um atraente potencial de crescimento.”
Katy Huberty, do Morgan Stanley, disse em nota a clientes depois do pacote de lançamentos da gigante de tecnologia que as ferramentas de realidade aumentada na nova linha de celulares da Apple “tem o potencial de se tornar o próximo aplicativo de grande sucesso para acelerar as atualizações de smartphones e impulsionar a monetização e crescimento de serviços”.
O atual preço-alvo da analista para a ação da Apple é de US$ 182, 13% acima do preço de fechamento de terça-feira de US$ 160,86, com valor de mercado de US$ 940 bilhões, mas ela acredita que o valor deva chegar a US$ 253, ou um pouco mais de US$ 1,3 trilhão, com o atual número de ações em circulação.
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As ações da Apple subiram 52% no último ano.
Desde que a companhia anunciou pela primeira vez a linha de produtos iPhone, em janeiro de 2007, suas ações subiram mais de 1.200% e entregaram um retorno total, incluindo dividendos reinvestidos, de mais de 1.375%. Seu retorno total anualizado de 28,7% nesse período é quase três vezes maior do que o registrado pelo índice Nasdaq Composite e quase quatro vezes o do índice de referência S&P 500.
E, embora os quase US$ 1.150 cobrados pelo iPhone X de 256 gigabites possam parecer um preço exorbitante, não é mais caro – em relação ao preço das ações da Apple – do que o primeiro iPhone em 2007. A versão top de linha do iPhone da primeira geração, que custava US$ 599, valia um pouco mais do que sete ações da Apple naquele momento, aproximadamente o mesmo que hoje em termos nominais.
A Apple dividiu suas ações em uma base de 7 para 1 há três anos. Ajustando para isso, uma ação pré-dividida da empresa valeria um iPhone X quase completo hoje.