A Apple lançará o aguardado “iPhone 8” na terça-feira (12), esperando que as conotações auspiciosas do número 8 na China ajudem a mudar a sorte do dispositivo no maior mercado para telefones inteligentes do mundo, depois de seis trimestres de queda nas vendas.
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Os consumidores chineses, no entanto, já estão avaliando o custo, uma vez que espera-se que o modelo seja vendido por mais de US$ 1.000 – quase o dobro do salário médio na China.
O sucesso do próximo iPhone no país asiático é crucial para a empresa norte-americana, que viu o seu celular cair para a quinta posição no mercado chinês, atrás de modelos das rivais locais Huawei Technologies, Oppo, Vivo e Xiaomi.
A Grande China, que para a Apple inclui Taiwan e Hong Kong, respondeu por cerca de 18% das vendas do iPhone no trimestre encerrado em julho, tornando-se o maior mercado da empresa depois dos Estados Unidos e da Europa. No entanto, essas vendas estão caindo de forma constante a taxas de 10% em relação ao ano anterior, em contraste com o crescimento em todas as outras regiões.
Embora o iPhone 6 tenha tomado a China de assalto em 2014, os modelos desde então receberam uma resposta muito mais silenciosa. “Vou esperar o preço cair, está muito caro”, disse a gerente de projetos Angie Chen, de 23 anos, que é proprietária de um iPhone 6.
Oito é considerando o número da sorte na China porque está relacionado à frase “ficar rico”.
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“A Apple realmente precisa lançar um produto muito inovador desta vez”, disse o analista Mo Jia, da Canalys.
O iPhone 7 sofreu com a percepção de que era muito parecido com modelos anteriores. Desta vez, apesar dos rumores de carga sem fio, touch screen avançado e tecnologia de reconhecimento facial, os internautas chineses ainda não replicaram a mesma empolgação online vista em lançamentos de iPhones anteriores.
A Apple não quis comentar sobre o novo telefone, preço ou oferta.