7 motivos pelos quais o Alibaba está se tornando o Google da China

A relevância do concorrente Baidu está diminuindo rapidamente com o crescimento do grupo

Redação

Qualquer um que tenha explorado a esfera online da China deve ter escutado muitas comparações entre o Baidu e o Google e entre o Alibaba e a Amazon. Superficialmente, o Baidu parece muito com o Google, com a ferramenta de busca sendo o centro de seus negócios, investimentos significativos em inteligência artificial, veículos que dirigem sozinhos e outras coisas que a empresa faz. Ainda assim, a relevância do Baidu na China está diminuindo rapidamente com a importância crescente do Alibaba, que, rapidamente, está se apropriando de muitas áreas lideradas pelo Google fora da China.

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Veja, na galeria abaixo, 7 motivos pelos quais o Alibaba está se tornando o Google da China:

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    1. Pesquisa

    A comparação mais óbvia entre o Baidu e o Google é a busca. Entretanto, um estudo da China Skinny, que faz pesquisas sobre marketing, mercado e estratégias, descobriu que a jornada do consumidor médio chinês é fortemente diferente da dos consumidores ao redor do mundo. Enquanto o Google é o ponto de contato primário para a maioria das pesquisas online no ocidente, na China é o Alibaba. Isso é refletido na receita de publicidade digital da empresa, prevista para US$ 16 bilhões em 2017 – mais de dois terços mais alta do que a do Baidu, de US$ 9,3 bilhões. Gerada principalmente por meio da busca, a receita de publicidade hoje é responsável por 60% da receita total do Alibaba.

    Diferente do ocidente, onde sites das marcas são responsáveis por uma grande parcela de vendas online, na China mais de 80% delas são realizadas em plataformas. Cerca de três quartos de todos os produtos vendidos em plataformas foram no Tmall e no Taobao, ambos do do Alibaba.

    Sites chineses de comércio eletrônico têm de 20 a 50 vezes mais informações de produtos do que os equivalentes da Amazon, e, aliados a extensas críticas sobre os itens, acabaram se tornando uma fonte explicativa e confiável para quem quer saber mais sobre o que eles vendem. O Baidu é muito menos confiável, com uma reputação de resultados de pesquisa indefinidos que classificam baseados em pagamento, e não em relevância.

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    2. Inovação

    Quando o Google lançou, em 1998, sua abordagem inovadora e clara de buscas, deixou para trás ferramentas como Altavista, Excite e Yahoo. Qualquer estudo sobre as empresas mais inovadoras do mundo incluirá, provavelmente, o Google.

    Assim como a empresa apareceu do nada para guiar uma inovação focada no consumidor, o Alibaba fez o mesmo na China, derrubando empresas estabelecidas – como o eBay. Diferentemente de outras categorias como pesquisa e mídias sociais, concorrentes estrangeiros de comércio eletrônico não foram bloqueados pelo governo – o que significa que foi a inovação, não a proteção estatal, que fez o Alibaba assumir a liderança. A China Skinny monitora a inovação na maioria das categorias no mercado da China e o Alibaba continua a desenvolver iniciativas na área.

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    3. Vídeos online

    O vídeo se tornou um dos canais com maior potencial para o marketing, tanto dentro como fora da China, e um triunfo para a receita de busca. Quando o Google pagou US$ 1,65 bilhão pelo YouTube em 2006, muitos consideraram o valor alto. Entretanto, hoje esta é considerada uma das melhores aquisições de tecnologia de todos os tempos – segundo os analistas do setor, a empresa vale, atualmente, US$ 75 bilhões. Com o YouTube bloqueado na China, o mercado é guiado pelo Youku. Em 2015, coincidentemente, o Alibaba comprou os 80% que ainda não possuía do canal por US$ 4,6 bilhões.

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    4. Big Data

    Um dos melhores patrimônios do Google são os dados que busca toda a vez que um usuário logado assiste a um vídeo do YouTube, procura por algo ou escreve no Gmail. Os dados do Alibaba que são capturados provavelmente se estendem ainda mais com a dominância no comércio eletrônico, pagamentos por mobile e uma ampla série de pesquisa em outras aquisições online e offline. Mas um tema comum em ambas as companhias é o uso da integração de dados de consumidores, com inteligência artificial para ajudar no processo e maximizar o retorno.

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    5. Valores

    O Google é conhecido pelo seu lema “não seja mal”, que foi substituído com “faça a coisa certa” quando formou sua empresa mãe, a Alphabet, em 2015. Enquanto o Google tem algumas práticas de impostos questionáveis, em geral, ele é fiel aos seus valores e isso explica o fato de a empresa ter uma pequena presença na China. Já o Alibaba e seu fundador, Jack Ma, são pioneiros no campo da responsabilidade social na China.

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    6. Mídias sociais

    Nem todas as semelhanças são positivas. Tanto o Google quanto o Alibaba tiveram numerosas tentativas fracassadas de impactar o mercado das mídias sociais. O Google falhou em uma série de tentativas desde 2004, com Orkut, Dodgeball, Latitude, Google Buzz e, no mais famoso caso, o Google+. De maneira parecida, o Alibaba tentou e falhou em incontáveis vezes ao disputar com a gigante de mídia social, a Tencent.

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    7. Margens

    Assim como a Amazon, o Alibaba tem um negócio de computação na nuvem, está no setor do entretenimento, investiu em um jornal de grande importância e teve algumas inovações interessantes em lojas de varejo checkout-less. Mas, diferente da Amazon, que gasta quantias significativas no mercado de ações, o principal negócio do Alibaba é apenas uma plataforma digital que habilmente repassa esses custos a marcas e vendedores. Como resultado, as margens da empresa são muito mais saudáveis – US$ 0,63 para cada dólar gasto versus US$ 0,5 da Amazon. As margens do Google são mais baixas, mas continuam em invejáveis 30,3%.

    Em resumo, da próxima vez que você ouvir que o Baidu é o espelho do Google na China, pense no Alibaba, que está se tornando mais parecido com o gigante da tecnologia – mas com características chinesas.

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1. Pesquisa

A comparação mais óbvia entre o Baidu e o Google é a busca. Entretanto, um estudo da China Skinny, que faz pesquisas sobre marketing, mercado e estratégias, descobriu que a jornada do consumidor médio chinês é fortemente diferente da dos consumidores ao redor do mundo. Enquanto o Google é o ponto de contato primário para a maioria das pesquisas online no ocidente, na China é o Alibaba. Isso é refletido na receita de publicidade digital da empresa, prevista para US$ 16 bilhões em 2017 – mais de dois terços mais alta do que a do Baidu, de US$ 9,3 bilhões. Gerada principalmente por meio da busca, a receita de publicidade hoje é responsável por 60% da receita total do Alibaba.

Diferente do ocidente, onde sites das marcas são responsáveis por uma grande parcela de vendas online, na China mais de 80% delas são realizadas em plataformas. Cerca de três quartos de todos os produtos vendidos em plataformas foram no Tmall e no Taobao, ambos do do Alibaba.

Sites chineses de comércio eletrônico têm de 20 a 50 vezes mais informações de produtos do que os equivalentes da Amazon, e, aliados a extensas críticas sobre os itens, acabaram se tornando uma fonte explicativa e confiável para quem quer saber mais sobre o que eles vendem. O Baidu é muito menos confiável, com uma reputação de resultados de pesquisa indefinidos que classificam baseados em pagamento, e não em relevância.

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