A Colômbia terminou um contrato de US$ 850 milhões com o consórcio Navelena, liderado pela Odebrecht, para a recuperação da navegabilidade do rio Magdalena, informou o governo colombiano na quinta-feira (12), acrescentando que irá lançar uma nova licitação e transferir a obra para outra empresa. “Estamos cumprindo com o país, com a assinatura de hoje, esta liquidação tão esperada do contrato com o Navelena, para poder assim avançar com decisão para a transferência para um novo projeto de recuperação do nosso rio Magdalena”, disse a jornalistas Alfredo Varela De la Rosa, diretor da agência responsável pela administração do Rio (Cormagdalena).
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O governo da Colômbia havia declarado o contrato nulo em abril, mas só conseguiu assinar o ato de liquidação bilateral quase seis meses depois. A anulação foi determinada depois que a Odebrecht, que tinha 87% do consórcio Navelena, não conseguiu apresentar garantias financeiras para desenvolver o projeto nem transferir sua participação para outra empresa, em meio a acusações de corrupção na Colômbia e em outros países da América Latina após a deflagração da operação Lava Jato no Brasil.
Na Colômbia, a Odebrecht é acusada de ter feito pagamento de propina de mais de US$ 27 milhões para a obtenção de contratos públicos, o que levou à prisão ex-funcionários públicos e políticos, além das acusações terem respingado nas campanhas do presidente Juan Manuel Santos em 2010 e em 2014.