O Facebook disse nesta segunda-feira (2) que planeja contratar mais mil funcionários para revisar anúncios e garantir que estejam de acordo com os termos da empresa, como parte de um esforço para impedir que a Rússia e outros países usem a rede social para interferir em eleições de outros países.
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No mês passado a empresa disse acreditar que pessoas localizadas em território russo compraram cerca de 3 mil anúncios politicamente polarizadores antes da eleição presidencial de novembro passado nos Estados Unidos.
Desde essa revelação, o Facebook vem sendo pressionado por autoridades norte-americanas. O presidente-executivo da empresa, Mark Zuckerberg, esboçou as medidas que a empresa planeja tomar para impedir que governos abusem da maior rede social do mundo.
Em uma declaração nesta segunda-feira, o Facebook disse que contratará mais de mil funcionários em 2018 e investirá mais em softwares para identificar e retirar anúncios automaticamente. “Revisar anúncios significa avaliar não apenas o seu conteúdo, mas o contexto em que foi comprado e o público-alvo, então estamos mudando nosso sistema de revisão para prestar mais atenção a esses sinais”, afirmou a empresa.
O Facebook disse que tinha 17.048 funcionários no final de 2016, excluindo contratados por empreitada. Em maio, a empresa disse que contrataria mais 3 mil pessoas ao longo do próximo ano para acelerar a remoção de vídeos que exibiam atos violentos que chocaram os usuários.
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Como outras empresas que vendem espaços publicitários, o Facebook tem políticas que proíbem anúncios violentos, de discriminação com base em raça ou que promovam a venda de drogas ilegais. Mas, com mais de 5 milhões de anunciantes pagantes, a empresa tem dificuldade de aplicar todas as suas políticas.
A rede social também disse que começará a exigir documentação mais completa das pessoas que querem veicular anúncios relacionados às eleições federais dos Estados Unidos, exigindo que os anunciantes certifiquem seus negócios ou organizações.