A empresa japonesa de informações financeiras Fisco lançou um título de dívida em bitcoin, o que pode ser considerado a primeira debênture na principal criptomoeda. A Fisco emitiu uma dívida de três anos no valor de 200 bitcoins para outra firma do grupo, com uma remuneração de 3%. Esse é mais um passo para que a moeda digital seja vista como um ativo financeiro – no Japão, isso é uma questão de tempo.
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O governo do primeiro-ministro Shinzo Abe regulamentou, em abril, o uso do bitcoin como meio de pagamento. E o isentou do imposto de 8% sobre as vendas nos estabelecimentos comerciais do país, colocando-o em um patamar semelhante ao de ativos financeiros, como ações de empresa. Além disso, a regulamentação estabeleceu regras e procedimentos para auditoria e segurança da criptomoeda.
O reconhecimento legal do bitcoin levou empresas japonesas a aceitar a moeda digital nas transações cotidianas – como a compra de passagens aéreas da Peach Aviation – e a desenvolver o blockchain, transformando o país em uma espécie de laboratório para a tecnologia do bitcoin fora dos circuitos onde ele normalmente é usado.
Em 15 de agosto, o bitcoin rompeu a barreira dos US$ 4.400 e fechou o dia cotado a US$ 4.489,10. O aumento da tensão geopolítica entre Estados Unidos e Coreia do Norte, na primeira quinzena de agosto, levou os investidores japoneses a se refugiarem nas criptomoedas, entre elas o bitcoin. Aproximadamente 42% das compras de bitcoin foram feitas em iene no período, de acordo com o site CryptoCompare.
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