A petroleira equatoriana Petroecuador anunciou nesta quinta-feira (12) que encerrou, de forma unilateral, um contrato com a Odebrecht por descumprimento da empreiteira brasileira na construção de um oleoduto que contou com investimento de US$ 623 milhões. A petroleira buscará recuperar o investimento na Justiça.
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A Odebrecht havia se comprometido a entregar no mês passado, em definitivo, o duto Pascuales-Cuenca, mas a obra ainda não foi concluída e apresenta problemas de infraestrutura, de acordo com a estatal equatoriana. “A empresa Odebrecht foi notificada sobre o término unilateral do contrato e recebeu 10 dias para que responda sobre as inconsistências do contrato e as falhas que foram cometidas”, disse Iván del Pozo, assessor jurídico da diretoria da Petroecuador.
O encerramento do contrato ocorre num momento em que as autoridades locais investigam suspeita de pagamento de vantagens indevidas por parte da Odebrecht a políticos no Equador, incluindo o vice-presidente do país, Jorge Glas, que está preso em Quito. O vice-presidente foi removido de suas funções pelo presidente Lenín Moreno, que o acusou de deslealdade.
A Odebrecht não comentou de imediato a decisão da Petroecuador.