A General Motors divulgou nesta terça-feira (24) lucro antes de impostos maior do que o esperado no 3º trimestre, impulsionado por redução de custos e mudança de foco para veículos com maiores margens, como utilitários esportivos, levando as ações subirem para nível recorde.
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A GM registrou prejuízo líquido devido aos encargos relativos à venda de suas operações europeias, mas o resultado operacional da montadora superou as expectativas de Wall Street e a companhia reafirmou sua previsão de que os resultados financeiros de 2017 serão em linha com o desempenho recorde do ano passado.
A montadora também disse aos investidores que está no caminho certo para reduzir os estoques de veículos não vendidos nos EUA para o nível gerenciável de 70 dias até o fim do ano. A GM fechou o mês de setembro com estoques equivalentes a 76 dias de venda, abaixo de 88 dias um mês antes e mais de 100 no verão norte-americano.
As ações da montadora subiram 2,3% para o maior nível desde a oferta inicial de ações (IPO) em 2010.
A maior montadora norte-americana disse esperar que as vendas de veículos nos Estados Unidos permaneçam estáveis em um ritmo anual de cerca de 17 milhões de veículos leves em 2017, “e esperamos isso também 2018”, disse o vice-presidente financeiro Chuck Stevens a repórteres nesta terça-feira.
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A GM registrou uma receita menor no trimestre, pois fechou fábricas na América do Norte para reduzir a produção e lidar com os estoques elevados, especialmente de modelos impopulares de sedans, à medida que os consumidores migram cada vez mais para picapes, utilitários esportivos (SUVs) e crossovers.
A montadora teve lucro antes de impostos na América do Norte, apesar dos significativos cortes de produção e grandes descontos. Stevens creditou o resultado ao corte de custos e a uma mudança para picapes e veículos utilitários. A empresa cortou os custos de produção na América do Norte em US$ 2 bilhões durante os primeiros nove meses de 2017.
O prejuízo líquido no 3º trimestre foi de US$ 2,98 bilhões, ou US$ 2,03 por ação, devido aos encargos decorrentes da venda de sua unidade Opel na Europa à Peugeot. A empresa teve lucro de US$ 2,77 bilhões no mesmo período do ano passado. Excluindo os encargos extraordinários, porém, a empresa lucrou US$ 1,32 por ação, acima das expectativas dos analistas, de US$ 1,14.
A receita trimestral caiu para US$ 33,6 bilhões, ante US$ 38,9 bilhões no ano anterior. Os analistas esperavam receita de US$ 32,72 bilhões.