A China criou seu primeiro parque temático de realidade virtual, de olho na alta demanda por entretenimento virtual, em meio a um esforço para diversificar sua economia.
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O parque de 134 hectares, localizado nas proximidades de Guiyang, capital da província de Guizhou, uma das mais pobres do país, promete 35 atrações de realidade virtual, desde jogos de atirar e montanhas-russas até passeios com alienígenas intergaláticos nos locais turísticos da região.
A demanda por entretenimento virtual deve levar o mercado de realidade virtual a crescer 10 vezes no país e atingir quase US$ 8,5 bilhões até 2020, segundo previsão da instituição estatal de estudos e pesquisas CCID.
“Esta é uma atração inovadora, porque é simplesmente diferente”, disse presidente-executivo do empreendimento, Chen Jianli, em entrevista no parque, que deve ser parcialmente aberto ao público em fevereiro do ano que vem.
O parque Oriental Science Fiction Valley, de US$ 1,5 bilhão, faz parte do plano da China para desenvolver novos motores de crescimento centrados em tendências, como jogos, esportes e tecnologia de ponta, para reduzir a dependência de indústrias tradicionais.
No impulso para se tornar um centro de tecnologia inovadora, Guizhou busca atrair empresas como a Apple Inc, que estabeleceu o seu centro de dados da China na cidade, enquanto o maior telescópio de rádio do mundo está no município de Pingtang.
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O parque de Guiyang oferecerá aos turistas bungee jump a partir de um enorme robô tipo Transformer e um estúdio que se dedicará a produzir filmes de realidade virtual. A maioria das atrações vai usar óculos de realidade virtual e simuladores de movimento para animar os usuários.
Os agricultores do vilarejo de Zhangtianshui, localizado nas proximidades, afirmam estar preocupados com a poluição causada por grandes empreendimentos, mas ansiosos pelos benefícios econômicos que o parque trará.
“Há muitas coisas boas que saem desses projetos”, disse o agricultor Liu Guangjun. “Quanto à realidade virtual, na verdade, não entendo disso.”