A Apple e a Amazon estão conversando com Riad para investir na Arábia Saudita, disseram duas fontes à Reuters, parte da iniciativa do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman para dar ao reino conservador um perfil de alta tecnologia.
VEJA TAMBÉM: Apple nomeia executivo experiente como novo chefe de vendas na Índia
Uma terceira fonte confirmou que a Apple negocia com a Sagia, autoridade saudita de investimento estrangeiro.
Ambas as empresas já vendem produtos na Arábia Saudita por meio de terceiros, mas elas e outros gigantes tecnológicos globais ainda não estabeleceram presença direta no país.
No caso da Amazon, a conversa está sendo liderada pela divisão de computação na nuvem Amazon Web Services (AWS), o que introduzirá forte concorrência no mercado atualmente dominado por provedores locais menores, como a STC e a Mobily.
Riad aliviou os impedimentos regulatórios nos últimos dois anos, incluindo limites à propriedade estrangeira que há muito tempo mantiveram os investidores longe, uma vez que a queda dos preços do petróleo destacou a necessidade de diversificar a economia do país altamente dependente do combustível.
Atrair a Apple e a Amazon promoverá os planos de reforma do príncipe Mohammed e aumentará o perfil das empresas em um mercado jovem e relativamente rico, que já tem alguns dos usos mais intensos de internet e celulares no mundo.
LEIA MAIS: Walmart se aproxima da Amazon.com em guerra de preços online
Um acordo de licenciamento para as lojas da Apple com a Sagia está previsto para fevereiro, com a instalação de uma primeira loja de varejo para 2019, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.
A negociação da Amazon está em estágio inicial e uma data específica não foi definida para os investimentos.
A Apple já ocupa o segundo lugar no mercado de telefonia móvel saudita, atrás da Samsung, de acordo com a pesquisadora de mercado Euromonitor.
A Amazon adquiriu o varejista online com base em Dubai Souq.com no início de 2017, entrando no varejo saudita.
Ambas as empresas não comentaram o assunto e a Sagia não estava disponível para se manifestar.