Com a compra da Fox pela Disney, anunciada hoje (14), Hollywood começará uma nova briga entre os estúdios Universal/Comcast Corp., Warner Bros./Time Warner Inc. e Walt Disney/Fox.
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Há muito mais em jogo do que apenas público de cinema. Por um lado, é provável que a Walt Disney transforme o Hulu em seu serviço de streaming particular, o que o colocaria em pé de igualdade, em termos relativos, com Netflix e Amazon. Porém, se for considerado apenas o público de cinema, esse acordo irá solidificar o domínio total dos três maiores estúdios dos EUA.
A Walt Disney domina, atualmente, 18,4% da bilheteria doméstica, enquanto a Warner Bros./Time Warner Inc. lidera, com 20,1%. A Universal, se considerado a Focus Features, é a terceira colocada, com 15,8%, e a Fox corresponde a 13% do mercado de cinema dos Estados Unidos de 2017. Ainda que a Disney esteja, atualmente, atrás da Warner Bros./Time Warner Inc. em participação no mercado doméstico, é perto o suficiente para que “O Último Jedi” a coloque no topo.
A participação de mercado não é a única medida de sucesso. No final das contas, se o planejamento de um estúdio for lucrativo, isso não significa muito. Mas, assumindo que a Disney não irá reduzir drasticamente a Fox e a Fox Searchlight nos cinemas, a indústria como um todo irá quase instantaneamente se tornar uma guerra de três lados, com Disney/Fox controlando entre 30% e 40% do mercado, enquanto a Universal e a Warner Bros. terão participação entre 15% e 20% cada.
A batalha será dura. A Universal transformou o que seriam filmes de contraprogramação (“Lucy”, “Descompensada”, “Straight Outta Compton: A História do N.W.A.”, “Corra!” e “Atômica”) em longas principais, enquanto ofereceu algumas grandes franquias (“Velozes e Furiosos”, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” e a marca Illumination). A Warner Bros. joga uma enxurrada de filmes de todos os formatos e tamanhos enquanto seus departamentos de marketing têm um dom para transformar coisas como “Magic Mike”, “Sniper Americano” e “It: A Coisa” em grandes sucessos. Além disso, eles merecem crédito por levar a “Mulher Maravilha” a um faturamento de US$ 821 milhões globais.
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