O Santander Brasil teve forte crescimento do lucro no quarto trimestre, refletindo a redobrada aposta do banco no rentável negócio do crédito ao consumidor, que tem crescido na esteira da saída do país da recessão.
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O Santander Brasil anunciou nesta terça-feira (30) que seu lucro recorrente somou R$ 2,752 bilhões no período, alta de 38,4% ante mesma etapa de 2016. Após despesas com ágio, o lucro societário do banco subiu 66,5% ano a ano, para R$ 2,498 bilhões.
Liderada por segmentos como consignado (+36,7%), cartão de crédito (+18,1%) e automotivo (+20%), a carteira de crédito ampliada do grupo cresceu 7,8% em 2017, para R$ 347,9 bilhões.
A instituição saiu na frente na aceleração do crédito ainda na primeira metade de 2017 e deu sequência ao movimento. O aumento dos volumes concedidos, combinado com maiores spreads – diferença entre o custo de captação e o valor cobrado de clientes – fez as receitas com operações de crédito subirem 17,3% ano a ano, para R$ 6,5 bilhões.
“A margem com clientes apresentou crescimento em função de maiores volumes e spreads”, comentou o banco no relatório.
Em termos práticos, isso pode significar que o banco não repassou integralmente aos clientes a queda de seus custos de captação, considerando que a Selic está em 7% ao ano, piso histórico.
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O banco também viu suas receitas com tarifas crescerem 13,3% ano a ano, para R$ 4,24 bilhões, apoiado sobretudo em maiores operações com cartões e adquirência. Na outra ponta, as despesas subiram 7,3% na mesma comparação, para R$ 5,18 bilhões.
Um ponto negativo do balanço foi o resultado de crédito de liquidação duvidosa, que mostra as despesas com provisões para calotes, menos os valores recuperados e que já tinham sido baixados a prejuízo.
O resultado dessa linha foi negativo em R$ 2,656 bilhões no trimestre, alta de 9,3% na comparação sequencial, embora tenha caído 0,9% ano a ano, influenciado, segundo o banco, por um caso pontual no segmento grandes empresas.
Esse mesmo evento fez o índice de inadimplência do banco subir 0,3% entre setembro e dezembro, para 3,2%. No fim de 2016, o índice era de 3,4%.
O NPL formation, espécie de prévia do que tende a acontecer com o índice de inadimplência nos trimestre seguintes, subiu de 1,3% 1,4% na passagem do terceiro para o quarto trimestre, também refletindo o caso pontual de uma grande empresa, afirmou o Santander Brasil.