O Nubank poderá constituir um braço de negócio específico, a Nu Financeira (iStock)
O presidente Michel Temer autorizou o Nubank a ter uma operação de financeira, dando mais autonomia para a fintech conhecida pelos cartões de crédito roxos.
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Segundo publicação no “Diário Oficial” da União de hoje (22), “é do interesse do governo brasileiro a participação estrangeira de até 100% no capital da instituição financeira a ser constituída pela Nu Holdings”.
Na prática, a decisão significa que a startup não precisará mais de parcerias com bancos no país para montar toda a estrutura de captação de recursos e oferta de crédito. Para isso, o Nubank poderá constituir um braço de negócio específico, a Nu Financeira.
A aprovação, pedida pelo Nubank há cerca de dois anos, é necessária porque, segundo a legislação brasileira, uma instituição com capital estrangeiro depende de um decreto presidencial, processo que pode levar vários anos.
Embora seja uma empresa brasileira, o Nubank é controlado por uma holding sediada nas Ilhas Cayman. Empresas de capital de risco – incluindo Sequoia Capital, Kaszek Ventures, Tiger Global Management e DST Global – já investiram US$ 179 milhões no Nubank desde 2013, o que avaliou a empresa em US$ 500 milhões no início de 2016.
“O governo está se abrindo, olhando com bons olhos a entrada de empresas inovadoras no setor financeiro”, disse à Reuters o fundador e presidente-executivo do Nubank, David Velez.
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A fintech, que ganhou popularidade com seus cartões de crédito roxos isentos de anuidade, já emitiu mais de 3 milhões de cartões no Brasil desde que surgiu, em 2014. Desde então, o grupo vem ampliando seus leque de produtos, com objetivo de competir mais amplamente com as instituições financeiras tradicionais. Em outubro, o Nubak começou a oferecer contas digitais, permitindo que os usuários façam transferências, paguem contas e façam investimentos e fortalecendo seu desafio aos bancos tradicionais.
“A aprovação que recebemos agora era a última etapa que faltava para podermos constituir instituição financeira, processo que deve ser completado nos próximos seis meses”, explicou a Cristina Junqueira, cofundadora e vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Nubank. “Já temos algumas estruturas prontas, como de ouvidoria e compliance. No segundo semestre a financeira deve estar operacional”, concluiu ela.
