Seguradoras no mundo todo devem pagar indenizações de cerca de US$ 135 bilhões para 2017, um montante recorde, após uma série de furacões, terremotos e incêndios na América do Norte, de acordo com um relatório publicado hoje (4).
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A resseguradora alemã Munich Re, em sua revisão anual de catástrofes naturais, também disse que as perdas totais do ano passado, incluindo as não seguradas, foram de US$ 330 bilhões, a segunda pior da história depois de 2011, quando um terremoto e tsunami causaram estragos no Japão.
Embora os eventos individuais possam não estar diretamente ligados à mudança climática, o aquecimento global está desempenhando um papel, informou a Munich Re, que espera eventos extremos mais frequentes no futuro.
“Temos um novo normal”, disse Ernst Rauch, diretor do Centro de Clima Corporativo da Munich Re, que monitora riscos de mudanças climáticas. “2017 não foi um outlier”, disse ele, observando que as perdas seguradas superaram US$ 100 bilhões ao ano várias vezes desde 2005.
Os furacões Harvey, Irma e Maria nos Estados Unidos e no Caribe, incêndios na Califórnia e terremotos no México destruíram casas, infraestruturas e custaram muitas vidas.
Os desastres também abalaram as seguradoras, com a Munich Re e a Hannover Re emitindo alertas de lucro.
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Isso causou um golpe a um setor já lutando com margens apertadas, forte concorrência e queda de preços.
Em dezembro, a Swiss Re estimou que as perdas seguradas globais com catástrofes atingiriam US$ 136 bilhões em 2017, a terceira maior já registrada, com os EUA sendo mais atingidos. Esse valor não é comparável às estimativas da Munique Re, pois inclui desastres causados pelo homem.