Warren Buffett disse hoje (26) que a empresa de saúde que está sendo criada pela Berkshire Hathaway, Amazon.com e JPMorgan Chase terá um novo presidente-executivo dentro de um ano e definiu uma meta agressiva de redução de custos.
LEIA MAIS: Jeff Bezos, Warren Buffett e Jamie Dimon se unem para entrar no segmento de saúde
Ao falar à rede de televisão “CNBC”, Buffett – o terceiro homem mais rico do mundo segundo ranking FORBES, com patrimônio de US$ 90,3 bilhões – disse que “não podemos nos dar ao luxo de cometer erros”, referindo-se à busca pelo presidente certo para ajudar a combater os crescentes custos de saúde que agora representam cerca de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, ou US$ 10 mil por pessoa.
Buffett disse que não será difícil cortar de 3% ou 4%, contrastando com a situação de 1960, quando disse que os custos de saúde representavam apenas 5% do PIB, US$ 170 por pessoa.
“Estamos em uma grande desvantagem competitiva nos negócios norte-americanos em relação a outros países industrializados por causa dos custos”, disse Buffett. “A questão é se podemos encontrar algo melhor. Eu tenho esperança, mas não esperem milagres.”
Berkshire, Amazon e JPMorgan disseram no mês passado que vão criar uma empresa de saúde para seus trabalhadores.
VEJA TAMBÉM: UNDER 30 de FORBES Brasil terá indicações online
A entrevista à “CNBC” ocorreu dois dias depois que Buffett divulgou sua carta anual, mais curta do que o habitual, aos acionistas da Berkshire que trazia pouca discussão sobre os investimentos da empresa.
Buffett também discutiu outros meios para aplicar o caixa de US$ 116 bilhões da Berkshire, depois de dizer na mensagem que desejava uma ou mais aquisições “enormes” fora do setor de seguros. Ele alegou, ainda, que ficaria “mais inclinado” a recomprar ações do que pagar dividendos e poderia elevar o limite de recompra de 1,2 vezes o valor contábil.