A nova fábrica de celulose que a Suzano está estudando instalar na região central de São Paulo terá capacidade para 1,5 milhão de toneladas e será incremental a outras duas unidades no Estado, afirmou hoje (8) o presidente-executivo da companhia, Walter Schalka.
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A unidade deixará a Suzano com uma capacidade de 5 milhões de toneladas anuais de celulose, fazendo a empresa reduzir a distância da rival Fibria, maior do setor, com capacidade de 7,25 milhões de toneladas.
Schalka afirmou que a Suzano atualmente tem geração de caixa suficiente, R$ 3,5 bilhões em 2017, para financiar a construção da nova fábrica, e estuda dois locais para a instalação em São Paulo. “Quase que certamente não será em Limeira (SP). O que queremos fazer é uma fábrica com nível de competitividade importante de raio médio e Limeira teria raio mais longo”, afirmou o executivo em teleconferência com jornalistas.
Uma das atuais duas fábricas de celulose da Suzano em SP fica em Limeira, unidade que deve se beneficiar da aquisição anunciada nesta semana de florestas da Duratex pela Suzano, que permitirão redução de custo para a fábrica.
A Suzano ainda tem opção de comprar, até 2 de julho, outro lote de terras e florestas da Duratex, o que poderá elevar a base florestal para alimentar uma futura nova fábrica da empresa em São Paulo para 90 mil hectares, disse Schalka. “Com 90 mil hectares, nos sentimos confortáveis em fazer o investimento”, disse o executivo, acrescentando que o custo de novas fábricas de celulose fica entre US$ 1,2 mil e US$ 1,3 mil a tonelada de capacidade instalada.
Schalka evitou comentar a notícia publicada mais cedo pelo jornal “Valor Econômico” sobre o interesse da Suzano na aquisição da fabricante de celulose Lwarcel, da família Trecenti, controladora da própria Suzano. Segundo o jornal, a Suzano é vista como favorita na compra da fábrica que fica em Lençóis Paulista (SP).
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O presidente da Suzano disse ver 2018 como ano favorável para implementar reajustes nos preços de papel no Brasil e afirmou que a companhia conseguirá aplicar na totalidade os aumentos de preços na celulose vendida para clientes na América do Norte e Europa.
A empresa elevou no início deste mês em US$ 30 o preço da tonelada de celulose na Europa e América do Norte dentro de uma política de aproximar os preços praticados nestas regiões dos implementados na Ásia. Na última rodada de aumento, a Suzano, diferente de rivais, não elevou os preços para a China.
“A China vem apresentando preços [de celulose] muito superiores aos da Europa e América do Norte. Acreditamos que é preciso haver uma convergência de preços”, disse Schalka.
Questionado se a Suzano também deixará clientes da Ásia fora do próximo reajuste por conta desse mesmo motivo, o executivo afirmou que a demanda por celulose na China deve voltar a crescer depois do Ano Novo Chinês, em 16 de fevereiro, e “eventualmente isso poderá permitir novas políticas de preços para aquela região”.
A Suzano também está preparando o lançamento de uma segunda marca de papel higiênico para lançamento nas regiões Norte e Nordeste no segundo trimestre. A empresa lançou a marca Max Pure no final de janeiro e pretende liderar esse mercado nessas regiões até o fim deste ano.
As ações da Suzano exibiam queda de 2,2% às 13h31, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,07%.