A interrupção da negociação de criptomoedas na corretora Foxbit acendeu o sinal de alerta sobre a segurança neste tipo de investimento. A identificação de duplicidade nos saques na maior exchange em criptomoeda do Brasil, segundo a página especializada bitValor, no último dia 8, tirou o sistema do ar no dia seguinte.
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Apesar de a promessa de investidores de devolverem o dinheiro recebido a mais da corretora, estima-se que a Foxbit teve um prejuízo de 30 bitcoins, o que equivale a aproximadamente R$ 1 milhão. A corretora só voltou a liberar os saques para os clientes ontem (15). Os interessados em sacar valores integrais devem preencher um formulário disponível na página da corretora.
“Qualquer empresa de tecnologia, seja banco ou corretora de criptomoedas, está sujeita a vulnerabilidades”, explica João Paulo Oliveira, especialista em blockchain e criptomoeda, que relembra a interrupção do sistema de pagamentos do Santander durante a tarde do último dia 28, quando clientes do banco não conseguiram realizar transações com cartões, internet banking e aplicativo. No entanto, os bancos são altamente regulados e possuem mecanismos de controle, diferentemente das corretoras de moeda digital.
“O blockchain nasceu para resolver essas falhas”, aponta o especialista, que alerta que uma corretora é um ponto intermediário no sistema descentralizado do blockchain e, por isso, pode ser alvo de ataques de hackers. Essa é a razão de o investidor tomar o risco da exchange quando coloca o seu dinheiro nela, especialmente, em eventos de grande magnitude.
Segundo Oliveira, em 2017, houve um aumento nos problemas semelhantes ao da Foxbit nos sistemas das maiores corretoras do mundo, devido à maior demanda por criptomoeda, proporcionada pela elevação dos preços. “Quando uma corretora fica indisponível, o investidor não tem acesso aos seus recursos”, diz o especialista. Por isso, esses tipos de falhas não podem acontecer. Oliveira afirma, no entanto, que o que ocorreu com a Foxbit foi uma fatalidade.
Veja, a seguir, três dicas do especialista para investir em criptomoeda de forma segura.
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iStock 1) Evite deixar o dinheiro na corretora caso não vá negociá-lo
É muito comum ouvir relatos de ataques às corretoras de criptomoedas por hackers, que roubam o dinheiro aplicado pelos investidores.
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iStock 2) Deixe o dinheiro em uma carteira própria
Oliveira recomenda aos investidores que façam uma conta de segurança com hardware-wallet, que é semelhante a um pen-drive. Adquirir moedas digitais é um investimento de longo prazo, por isso, deve-se usar a corretora apenas se for negociar.
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iStock 3) Invista em corretoras conhecidas
O ideal é o investidor colocar o dinheiro em exchanges com maior volume transacionado, com mais tempo no mercado e maior número de clientes. Esses são indicativos de confiabilidade, mas não significa que seja uma prova de segurança, pois as corretoras continuam sujeitas a problemas como o do último dia 8.
1) Evite deixar o dinheiro na corretora caso não vá negociá-lo
É muito comum ouvir relatos de ataques às corretoras de criptomoedas por hackers, que roubam o dinheiro aplicado pelos investidores.