A China alertou hoje (29) os Estados Unidos para não abrirem a “Caixa de Pandora” liberando uma série de práticas protecionistas em todo o mundo, mesmo com Pequim destacando bens norte-americanos que pode visar em um aprofundamento da disputa comercial entre os dois países.
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A China pode mirar uma série de empresas dos EUA, de agrícolas a fabricantes de aeronaves, automóveis, semicondutores e mesmo de serviços, se o conflito comercial aumentar, afirmou o jornal oficial “China Daily” em um editorial.
A medida do presidente norte-americano, Donald Trump, na semana passada, de adotar até US$ 60 bilhões em tarifas sobre algumas importações chinesas, provocou desde então um alerta de Pequim de que pode retaliar com taxas de até US$ 3 bilhões sobre importações dos EUA.
As maiores importações norte-americanas da China são de aeronaves e equipamentos relacionados, soja e automóveis, com a conta total chegando a cerca de US$ 40 bilhões no ano passado.
“As práticas maliciosas dos Estados Unidos são como abrir a Caixa de Pandora e existe o perigo de provocar uma reação em cadeia que vai espalhar o vírus do protecionismo comercial no mundo”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio.
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A posição oficial da China continua a ser austera mesmo com Pequim dizendo que está aberta ao diálogo e a negociações. As respostas de autoridades dos EUA e da China sobre a natureza e extensão das negociações são mistas, como mostra o noticiário.