A edição 2018 da lista de bilionários FORBES deixou de fora 121 integrantes que constavam no ranking do ano passado. Prejudicados pela queda no preço das ações, manobras políticas e, em alguns casos, supostas fraudes, esses ex-bilionários são, em sua maioria, da China – 49 pessoas. Os Estados Unidos aparecem logo na sequência, com 15 norte-americanos fora da lista, incluindo um membro do gabinete de Trump.
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Todos os 10 sauditas que estavam na lista em 2017 saíram devido à falta de clareza sobre o que eles realmente possuem atualmente depois de uma ação punitiva liderada pelo governo. Isso inclui o Príncipe Alwaleed bin Talal, que tinha uma fortuna de US$ 18,7 bilhões em 2017.
Dos 15 norte-americanos que não são mais bilionários, o Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, é, provavelmente, o mais notável. Depois que uma investigação de FORBES revelou, em novembro do ano passado, que o financiador estava mentindo sobre seu patrimônio, Ross – que ajudou Donald Trump a evitar uma falência pessoal em 1990 – foi removido do ranking. Segundo estimativas de FORBES, ele tem, atualmente, US$ 700 milhões, US$ 2,5 bilhões a menos do que na edição anterior da lista.
Maggie Magerko, proprietária da empresa de materiais de construção 84 Lumber, com sede na Pensilvânia, também não chegou ao valor de corte neste ano. O negócio de Maggie investiu quase US$ 22 milhões em um anúncio no Super Bowl em 2017. Apesar de as vendas da empresa terem crescido no ano passado, seus ganhos diminuíram e o setor diminuiu em valor.
Veja, na galeria de fotos, quatro outras pessoas que deixaram a lista neste ano:
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Getty Images John Schnatter
Fortuna em 2018: US$ 750 milhões
Fortuna em 2017: US$ 1,1 bilhão
Origem: Papa John’s Pizza
País: Estados UnidosEm 2017, Schnatter creditou, parcialmente, a desaceleração no crescimento de sua cadeia de pizza Papa John’s, patrocinadora oficial da NFL, à “liderança fraca” da liga ao lidar com os protestos durante a execução do hino no início das partidas. Nas semanas seguintes a esses comentários, considerados polêmicos, o preço das ações da Papa John’s caiu 17%. Schnatter deixou o cargo de CEO em dezembro do ano passado. No fim de fevereiro, a NFL anunciou que a Pizza Hut substituiria a Papa John’s como patrocinadora.
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Danil Khachaturov
Fortuna em 2018: US$ 170 milhões
Fortuna em 2017: US$ 2 bilhões
Origem: seguros, atividade bancária, imóveis
País: RússiaA empresa de seguros de Danil Khachaturov, Rosgosstrakh, que está passando por um período conturbado, foi absolvida pelo banco russo Otkritie no ano passado. Em dezembro, porém, o banco central da Rússia nacionalizou o Otkritie, que também estava passando por problemas, em um das maiores injeções de liquidez dada a uma companhia perto da falência da história do país.
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Divulgação Christoffel Wiese
Fortuna em 2018: US$ 600 milhões
Fortuna em 2017: US$ 5,6 bilhões
Origem: varejo
País: África do SulUm escândalo de contabilidade devastou a Steinhoff International, varejista de artigos para casa que forma a maior parte do amplo império de Wiese. As ações da Steinhoff, da qual Wiese tinha 21% de participação, caíram em mais de 80% desde que as notícias sobre o escândalo explodiram no início de dezembro. O CEO da Steinhoff, Markus Jooste, deixou o cargo por irregularidades contábeis quando os problemas foram anunciados. Wiese deixou a posição de presidente algumas semanas mais tarde. A companhia incumbiu a PwC de uma investigação independente sobre suas finanças de 2016. Wiese reduziu sua participação para 6% em fevereiro.
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Getty Images Nirav Modi
Fortuna em 2018: menos de US$ 100 milhões
Fortuna em 2017: US$ 1,7 bilhão
Origem: diamantes
País: ÍndiaO banco estatal Punjab National Bank alegou, em janeiro, que Modi e seu sócio haviam conspirado com alguns executivos da filial do banco em Mumbai para conduzir transações fraudulentas, o que resultou na entrada de reportados US$ 1,8 bilhão nas empresas de joias do ex-bilionário. Modi, que deixou a Índia antes de o escândalo explodir, negou as acusações.
John Schnatter
Fortuna em 2018: US$ 750 milhões
Fortuna em 2017: US$ 1,1 bilhão
Origem: Papa John’s Pizza
País: Estados Unidos
Em 2017, Schnatter creditou, parcialmente, a desaceleração no crescimento de sua cadeia de pizza Papa John’s, patrocinadora oficial da NFL, à “liderança fraca” da liga ao lidar com os protestos durante a execução do hino no início das partidas. Nas semanas seguintes a esses comentários, considerados polêmicos, o preço das ações da Papa John’s caiu 17%. Schnatter deixou o cargo de CEO em dezembro do ano passado. No fim de fevereiro, a NFL anunciou que a Pizza Hut substituiria a Papa John’s como patrocinadora.
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