O grupo de investimento liderado por uma mulher que havia concordado em comprar ativos do estúdio The Weinstein Company retirou sua oferta ontem (6). A principal executiva, Maria Contreras-Sweet, disse que a decisão foi tomada porque os demais investidores receberam “informações decepcionantes” sobre a empresa.
Duas fontes a par do assunto disseram à Reuters que o grupo de investimento desistiu da oferta depois de descobrir que os encargos do estúdio de Hollywood são maiores do que previamente revelado. O conselho da Weinstein Company disse que continuará trabalhando para “determinar se existe quaisquer opções viáveis que não sejam a falência”.
Maria Contreras-Sweet, ex-funcionária do governo do ex-presidente norte-americano Barack Obama, disse que ainda acredita na ideia de um estúdio liderado por mulheres, e que estudará comprar ativos se eles se tornarem disponíveis em um processo de falência.
Mais de 70 mulheres acusaram Harvey Weinstein, cofundador da companhia e um dos homens mais influentes de Hollywood, de má conduta sexual, incluindo estupro. Weinstein nega ter feito sexo não consensual com qualquer pessoa.
A The Weinstein Company, que demitiu Harvey Weinstein em outubro, vinha planejando pedir falência quando Maria fechou o acordo na semana passada.
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Os investidores descobriram, porém, que a dívida da empresa é de US$ 280 milhões, e não os US$ 225 milhões revelados anteriormente, disse uma das fontes à Reuters. Uma segunda pessoa relatou a existência de obrigações de pagamentos de royalties até então desconhecidas e outras remunerações de trabalho pendentes, dívidas a fornecedores e um processo de arbitragem comercial.