A Monsanto vai financiar uma nova companhia dos Estados Unidos direcionada ao desenvolvimento de safras usando uma tecnologia conhecida como edição de genes, em vez da modificação genética que ajudou a empresa a se tornar a maior vendedora de sementes do mundo.
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O vice-presidente de biotecnologia global da Monsanto, Tom Adams, deixará a gigante de sementes para se tornar executivo-chefe da nova empresa, chamada Pairwise Plants, disseram as companhias à Reuters. Ele começa no novo cargo em 1º de abril.
A colaboração acelera a corrida entre os cientistas e empresas agrícolas ao redor do mundo a desenvolver novas sementes para safras usando edição de genes, um processo que pode produzir produtos agrícolas não geneticamente modificados e sem DNA de espécies diferentes.
Ao contrário dos geneticamente modificados tradicionais, nos quais um gene é acrescentado a outro organismo, a edição de genes funciona como a função “encontrar e substituir” em ferramentas de texto. A tecnologia encontra um gene e então faz mudanças, corrigindo-o ou eliminando-o.
Usar “tesouras moleculares” para cortar DNA significa que cientistas podem editar genomas mais precisa e rapidamente do que antes, e produtos agrícolas alterados podem chegar ao mercado mais baratos e mais rápido.
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A Monsanto, famosa por projetar sementes de soja para resistir ao herbicida Roundup, pagará US$ 100 milhões à Pairwise durante os próximos cinco anos para financiar a pesquisa de ferramentas de edição de genes, disse Adams em entrevista.