A gigante norte-americana de comércio eletrônico Amazon terá dificuldades para crescer no Brasil na mesma velocidade que tem feito em outros mercados, dadas algumas especificidades do país, disse hoje (10) o presidente-executivo do Magazine Luiza, Frederico Trajano.
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“A Amazon terá dificuldades para crescer no Brasil pelo fato de a realidade do país ser diferente da realidade do mercado no exterior”, afirmou Trajano, durante evento do Itaú Unibanco. “Existem três jabuticabas brasileiras que são barreiras à atuação de empresas de e-commerce internacionais no Brasil: a infraestrutura logística, a estrutura tributária e o custo de capital”, acrescentou Trajano.
A Amazon se tornou, em março, a segunda empresa norte-americana na bolsa de maior valor de mercado, superando o Google, da Alphabet. As ações da gigante de comércio eletrônico subiram cerca de 80% no último ano, na esteira de crescentes compras online e da transferência das operações de computação das empresas para a nuvem, mercado que a Amazon lidera.
Recentes notícias de uma atuação mais intensa da Amazon no Brasil têm provocado forte volatilidade nas ações de empresas domésticas de varejo, inclusive do próprio Magazine Luiza.
Em março, a Reuters antecipou que a Amazon se reuniu com fabricantes de eletrônicos, perfumaria e outros produtos para negociar a compra direta de mercadorias e se encarregar da armazenagem e entrega delas no Brasil.
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Para Trajano, no entanto, questões como logística devem criar desafios para o grupo norte-americano no país. “É uma realidade muito diferente daquela das empresas que prosperam lá fora”, disse o executivo.