O bilionário francês Vincent Bolloré – o 207º homem mais rico do mundo, com US$ 7,4 bilhões, segundo o último ranking FORBES – foi preso na noite de ontem (24), perto de Paris, acusado de ter indiretamente influenciado o resultado de eleições para governos da África Ocidental em troca de contratos de portos lucrativos para sua empresa.
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De acordo com uma matéria publicada na “BBC”, Bolloré, de 66 anos, que lidera o Bollore Group, foi preso como parte de uma investigação sobre como a sua empresa obteve contratos para operar nos portos de Lomé e Conacri, em Togo e Guiné, respectivamente.
Especificamente, os investigadores estão analisando acusações de que a Havas, uma consultoria de comunicação e subsidiária do Bollore Group, tenha trabalhado para o presidente da Guiné, Alpha Conde, e o do Togo, Faure Gnassingbe, quase de graça, na esperança de receber os contratos em troca.
Depois de ser eleito, Conde rapidamente interrompeu o contrato do operador de Conacri e o concedeu ao Bollore Group. Em um comunicado para a imprensa, o grupo disse que “nega formalmente” qualquer crime em seus negócios africanos.
O Bollore Group atua nos setores de construção, logística, mídia, publicidade e transporte e é o principal acionista da Vivendi. Na África, o Bolloré Africa Logistics é o maior operador de transporte e logística, com uma rede formada por 250 subsidiárias e quase 25 mil colaboradores em 46 países do continente. A notícia da prisão de Vincent Bolloré fez com que as ações do grupo caíssem mais de 4%, para € 4,26, na bolsa de Paris até o meio da manhã de hoje (25).