O Bank of America anunciou hoje (16) um aumento de 34% no lucro do primeiro trimestre, superando as estimativas de Wall Street, com o banco se beneficiando de taxas de juros mais altas e do crescimento de empréstimos e depósitos.
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A receita subiu em três dos quatro principais negócios do BofA. No banco de varejo, seu maior negócio, a receita aumentou 9%, à medida que as taxas de juro mais elevadas ajudaram a instituição a cobrar mais pelos empréstimos, enquanto manteve os juros baixos sobre os depósitos.
Os lucros também foram impulsionados pelos esforços do presidente-executivo, Brian Moynihan, para cortar custos, além de despesas menores com impostos, depois da abrangente reforma do código tributário dos EUA pelo presidente Donald Trump.
As ações do segundo maior banco dos EUA em ativos subiram 1% nas negociações pré-mercado, mas às 12h01 (horário de Brasília) operavam em queda de 0,4%.
“A forte atividade dos clientes, aliada a uma economia global crescente e sólida atividade de consumo dos EUA, levou a ganhos trimestrais recordes”, disse Moynihan em um comunicado.
A receita líquida de juros do BofA subiu 5% no primeiro trimestre, elevando a receita total em 4%, para US$ 23,28 bilhões. O banco depende fortemente de taxas de juros mais altas para maximizar os lucros, já que tem um grande estoque de depósitos e títulos hipotecários sensíveis à taxa.
O total de empréstimos e leasings subiu 3%, enquanto os depósitos totais aumentaram 4,4%.
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O único negócio a registrar uma queda na receita foi o setor bancário global, prejudicado pelas menores taxas nas atividades de banco de investimentos.
As despesas não relacionadas a juros caíram 1%, enquanto as despesas com imposto de renda encolheram cerca de 26%.
O índice de eficiência do banco, uma medida de receita dividida pelas despesas e avaliada de perto, foi de 60% no primeiro trimestre, abaixo dos 63% de um ano antes. Uma proporção baixa indica um banco mais eficiente.
Analistas da Jefferies comentaram que os resultados do BofA parecem os melhores entre seus pares que divulgaram balanço do primeiro trimestre até o momento.
O banco, no entanto, teve um desempenho ruim em operações de renda fixa, câmbio e commodities (FICC) por causa de um declínio na emissão de títulos de empresas, disse o diretor financeiro, Paul Donofrio, em teleconferência com jornalistas.
O lucro líquido atribuível aos acionistas no trimestre subiu para US$ 6,49 bilhões, ante US$ 4,84 bilhões no ano anterior. O lucro por ação atingiu US$ 0,62, superando a estimativa média de analistas de US$ 0,59, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.