A demanda de companhias aéreas pela tecnologia via satélite para fornecer wi-fi a aviões durante o voo desencadeou uma “corrida do ouro” entre fornecedores.
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Isso gera oportunidades para uma vasta gama de companhias, como de satélite como a Viasat e Inmarsat, a de serviços de conectividade como Gogo, Global Eagle e Panasonic Avionics e de software e hardware como a Lufthansa Systems e Lufthansa Technik.
“É como um sentimento de corrida do ouro”, disse Jan-Peter Gaense, chefe de produtos e soluções de experiência do consumidor da Lufthansa Systems, na feira comercial de interior de aeronaves em Hamburgo nesta semana.
Mas à medida que a competição por uma fatia do negócio se intensifica, Gaense prevê uma onda de fusões muito em breve, prevendo que das cerca de 17 companhias de conectividade que existem hoje, poucas vão sobreviver.
Algumas estão encontrando obstáculos. A Gogo começou oferecendo serviços ar-solo (ATG, na sigla em inglês), mas agora está oferecendo um serviço via satélite. A cliente American Airlines está desinstalando os sistemas da Gogo em favor da Viasat após problemas de performance com os sistemas mais antigos de ATG, o que pesará sobre a receita da Gogo neste ano.
“É competitivo, mas competitivo num mercado crescente. Isso te torna só mais ágil, te mantém no limite da inovação”, disse o diretor de tecnologia da Gogo, Anand Chari, em Hamburgo.
A Gogo já está buscando como pode tornar seu hardware existente adequado para a próxima rodada de tecnologia, que pode ver satélites de órbita mais baixa entrando no jogo.
A companhia de satélites Inmarsat teve que cortar seu dividendo para que possa investir em wi-fi a bordo e suas ações foram atingidas pela preocupação de investidores de que o negócio não será tão lucrativo como esperado.
“Todos estão tentando pegar um pedaço”, disse o diretor de tecnologia da Panasonic Avionics, David Bartlett.