A Fábrica de Startups, aceleradora portuguesa na qual a espanhola Cabify realizou um programa de aceleração, inaugura em junho sua unidade brasileira no Rio de Janeiro. Com investimento de R$ 5 milhões, o prédio da aceleradora ficará no Porto Maravilha, local que está se tornando um ponto de encontro de empreendedores tecnológicos. A proposta da Fábrica é fazer a conexão entre startups e grandes empresas que têm dificuldades em se aproximar do ecossistema de inovação aberta, estimulando negócios que podem chegar a R$ 50 milhões. “Usamos uma metodologia que gera inovação e eficiência para a grande empresa, enquanto a startup consegue investimento, receita e escala”, afirma Hector Gusmão, CEO da aceleradora no Brasil.
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As startups interessadas em participar do programa de aceleração devem desenvolver uma solução tecnológica adequada a um problema de uma empresa parceira, que terá um espaço exclusivo de 200 metros quadrados no local e seu programa de inovação planejado e executado pela aceleradora. Cada startup acelerada recebe R$ 150 mil durante a estadia no espaço.
“Abriremos chamadas às startups brasileiras e do exterior”, diz Gusmão, explicando a possibilidade de internacionalização das startups a partir das unidades portuguesas e de Macau (China) da Fábrica – a operação carioca será a porta de entrada para startups estrangeiras. Como muitas empresas parceiras são multinacionais, o processo de internacionalização da startup pode ser conduzido por essa mesma parceira. “Isso é muito interessante porque a startup garante receita e desenvolvimento no mercado do país em que vai se instalar”, explica Gusmão, que não revela os nomes das empresas parceiras – apenas diz que são dos setores de tecnologia e telecomunicação, bancário, imobiliário e de educação.
A aceleradora terá capacidade de instalar 130 startups, entre as quais 90 aceleradas e 40 residentes. Além disso, ao lado da aceleradora se instalará, no primeiro trimestre de 2019, a Escola de Desenvolvimento Tecnológico, que vai capacitar 450 empreendedores por ano. “É uma metodologia única para desenvolver a mentalidade empreendedora”, afirma o CEO sobre o centro de ensino que tem presença, também, nos EUA e na Ásia.
Reportagem publicada na edição 58, lançada em abril de 2018