A JBS teve forte alta do lucro no primeiro trimestre, uma vez que o desempenho operacional de unidades da empresa no exterior, o controle das despesas e um efeito contábil na linha de impostos ofuscaram um resultado mais fraco no Brasil.
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A JBS informou ontem (14) que teve lucro líquido de R$ 506,5 milhões no período, alta de 43,5% ano a ano. Incluindo a fatia dos minoritários, o lucro foi de R$ 588,2 milhões, avanço de 41,1% contra um ano antes.
O resultado operacional da maior processadora de carnes do mundo medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado teve alta anual de 30,3%, para R$ 2,788 bilhões. A margem Ebitda subiu de 5,7 para 7%. O Ebitda subiu em todas as unidades da companhia, exceto na JBS Brasil.
A receita líquida consolidada somou R$ 39,78 bilhões entre janeiro e março, um aumento de 5,8%, com destaque para as unidades JBS USA Carne Bovina, JBS Carne Suína, enquanto a da JBS Brasil teve queda de 4,7% e a da Seara recuou 2,7%. A JBS explicou que a maior oferta de carne de frango no Brasil fez o preço do produto cair 9,1%.
Em contrapartida, as operações de carne bovina da JBS no exterior avançaram refletindo tanto a melhora da economia dos Estados Unidos, assim como maiores exportações para Japão, Coreia do Sul e Hong Kong. A fatia da região conhecida como Grande China elevou de 20,6 para 26,1% nas exportações da JBS.
Em outra frente, o grupo controlado pela família Batista obteve um controle nas principais linhas de despesas. As de vendas subiram 12,3%, enquanto as administrativas recuaram 8,4%.
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Por fim, a última linha do resultado foi favorecida por um resultado positivo de imposto de renda e contribuição social, no valor de R$ 120,4 milhões. Um ano antes, esta linha tinha tido resultado negativo de R$ 223,8 milhões.
A JBS fechou março com uma dívida líquida de R$ 45,5 bilhões, 4,8% menos do que um ano antes. Assim, a alavancagem financeira caiu de 4,23 para 3,24 vezes o Ebitda.
ACORDO
Pouco antes de anunciar os números trimestrais, a JBS anunciou que fechou um acordo de normalização de dívida com bancos no Brasil, pelo qual estes manterão linhas de crédito de cerca R$ 12,2 bilhões por 36 meses a partir de julho.
A partir de janeiro de 2019, a JBS deve começar a amortizar cerca de 25% do principal da dívida até fim do período, em julho de 2021.