O Walmart concordou em pagar US$ 16 bilhões por uma participação de 77% no operador de marketplace indiano Flipkart, o maior acordo da varejista norte-americana no momento em que abre outra via para enfrentar a concorrente Amazon.com em um importante mercado em crescimento.
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O acordo, que encerra quase dois anos de idas e vindas nas negociações, abre nova frente na batalha do Walmart com a Amazon, que também expressou interesse em fazer uma oferta competitiva por uma participação.
“A Índia é um dos mercados de varejo mais atrativos no mundo, devido ao seu tamanho e taxa de crescimento”, disse o presidente-executivo do Walmart, Doug McMillon, em um comunicado feito hoje (9), acrescentando que o acordo era uma oportunidade de selar uma parceria com uma empresa que está liderando a transformação do comércio eletrônico no mercado.
McMillon, que falou da sede da Flipkart em Bengaluru, disse que o presidente-executivo da empresa, Kalyan Krishnamurthy, e o presidente-executivo do grupo, Binny Bansal, continuariam com suas funções atuais, segundo três fontes que participaram do evento.
A varejista disse esperar que a transação prejudique seu lucro por ação no ano fiscal de 2019 em uma faixa de US$ 0,25 a US$ 0,30, caso o acordo seja concluído antes do fim do segundo trimestre, como esperado.
“Uma vez que a Flipkart deve gerar prejuízos significativos pelo menos pelos próximos anos, este é, claramente, um investimento para o futuro”, disse o analista de varejo da Moody’s, Charlie O’Shea, em um e-mail, acrescentando que é um indicativo da estratégia do Walmart em longo prazo de voltar os recursos para mercados de potencial e segmentos mais altos quando oportuno.
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A compra de uma participação da Flipkart, que vende diversos produtos, dá ao Walmart acesso ao vasto mercado de comércio eletrônico da Índia, que poderia ser avaliado em US$ 200 bilhões anualmente em uma década, segundo o Morgan Stanley.
O Walmart disse que planeja financiar o acordo por meio de uma combinação de dívida nova e dinheiro.
A Reuters informou anteriormente que a controladora do Google, a Alphabet, pode comprar uma fatia de cerca de 15% na empresa, por US$ 3 bilhões.
O restante do negócio será mantido por alguns dos atuais acionistas da Flipkart, incluindo o cofundador da empresa, Binny Bansal, a chinesa Tencent Holdings, a Tiger Global Management e a Microsoft, disse a empresa.