O comércio eletrônico brasileiro deixou de faturar R$ 407,2 milhões durante os 11 dias de paralisação dos caminhoneiros, segundo levantamento da Ebit, empresa de informações sobre e-commerce, divulgado hoje (4).
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A estimativa é que 861.710 pedidos deixaram de ser feitos pelos consumidores durante a greve, uma queda média diária de 20% nas vendas quando comparado com os mesmos dias das semanas anteriores à paralisação, disse a Ebit.
O comércio eletrônico encerrou maio com crescimento nominal do faturamento de 10% ante o mesmo mês do ano passado, metade do previsto inicialmente e um pouco inferior à estimativa ajustada nos primeiros dias de greve. Há pouco mais de uma semana, a entidade informou que a previsão de crescimento do faturamento do comércio eletrônico do país em maio havia caído para 13,3% ante 20,7% inicialmente, devido à paralisação dos caminhoneiros.
“Nossa expectativa é que com a normalização da atividade econômica, possamos reaver esse crescimento represado. Além da Copa, teremos o Dia dos Namorados que também é uma data importante para o e-commerce”, disse André Dias, diretor executivo da Ebit, em comunicado.
Na quinta-feira da semana passada (31), após 11 dias de bloqueios e manifestações de caminhoneiros por rodovias de todo país, o governo anunciou que o Brasil estava retornando à normalidade com o fim da paralisação da categoria, que teve suas principais demandas atendidas por meio de um pacote com impacto bilionário.
Segundo a Ebit, além do Dia das Mães, principal data do calendário do varejo eletrônico no primeiro semestre, que registrou alta nominal de 12% em relação ao ano passado, as vendas no comércio eletrônico estavam aquecidas também pela proximidade da Copa.
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O período costuma ser favorável para as vendas de TVs, que possuem tíquete médio mais alto, o que tem impacto positivo no faturamento do setor. Com a greve, no entanto, o consumidor ficou com receio de comprar e não ter a certeza de quando receberia a encomenda. Esta incerteza, segundo Dias, levou à retração nas vendas.
O executivo acredita que a normalização das entregas e a retomada das vendas deve acontecer em até dez dias, citando medidas adotadas pelas empresas como contratação de mão de obra extra para realizar as entregas e campanhas para atrair o consumidor de volta ao comércio eletrônico.