O presidente-executivo da Tesla, Elon Musk, afirmou em mensagem aos funcionários da montadora norte-americana de carros elétricos que um empregado da companhia promoveu “extensa e danosa sabotagem” ao supostamente ter feito mudanças de código de programação do sistema de produção e enviado informações sigilosas da empresa para terceiros.
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A porta-voz da companhia, Gina Antonini, não comentou o email enviado por Musk aos funcionários ontem (18). Elon Musk afirmou na mensagem, obtida pela Reuters, que descobriu sobre o suposto caso de sabotagem durante o final de semana.
“A extensão completa de suas ações ainda não é clara, mas o que ele admitiu até agora ter feito é muito ruim”, escreveu o executivo. “A motivação declarada dele é que ele queria uma promoção que não recebeu”. Musk não identificou o suposto sabotador.
“Como vocês sabem, uma longa lista de organizações quer que a Tesla morra”, disse Musk no e-mail, afirmando que a relação inclui investidores em Wall Street, companhias petrolíferas e montadoras rivais de veículos. Ele não citou nome de nenhuma empresa.
Mais cedo, ontem, Musk enviou uma outra mensagem aos funcionários relatando um “pequeno incêndio” ocorrido em uma instalação da Tesla no domingo. Esta mensagem também foi obtida pela Reuters.
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Na mensagem, a Tesla afirma que na noite de domingo (17) houve um incidente na área de carrocerias, que não houve feridos ou danos significativos a equipamentos e que a produção já tinha retornado ao normal. A empresa não especificou o local do fogo.
Musk afirmou no email que apesar do fogo não ter sido um evento aleatório, “fiquem alertas sobre qualquer coisa que não esteja entre os melhores interesses da nossa companhia”. Na semana passada, Musk anunciou demissão de 9% da força de trabalho da Tesla.
O futuro da Tesla depende do aumento da produção do Model 3, que é voltado para o mercado de massa.