O investidor bilionário Daniel Loeb intensificou ontem (1) a pressão sobre o grupo alimentício Nestlé em uma carta que pediu ao conselho da empresa que seja mais “assertivo, ousado e rápido” em dividir os negócios e resolver a complexa estrutura de gestão.
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“Esse é um pedido de urgência”, disse a carta de Loeb, que veio junto com uma apresentação de 34 páginas com recomendações e críticas. O Third Point, fundo de hedge de US$ 18 bilhões que investiu mais de US$ 3 bilhões na Nestlé, também lançou um site para tratar do caso.
A carta de Loeb, vista pela Reuters, exigia que a Nestlé fizesse a cisão de mais negócios que não cabem na estratégia da empresa, incluindo sorvetes, comidas congeladas e confeitaria; se dividisse internamente em três divisões (bebidas, nutrição e mercearia) e adicionasse um membro externo ao conselho com conhecimento em alimentos e bebidas.
Cada divisão deveria ter seu próprio presidente-executivo, estrutura regional e liderança de marketing, segundo Loeb. Isso “simplificaria a estrutura organizacional extremamente complexa (da Nestlé)”, citava o documento.
A Nestlé não tinha comentário imediato sobre a carta.
As demandas de Loeb surgiram logo no primeiro aniversário do seu investimento na Nestlé e em um momento de atividade de fusão significativa na indústria alimentícia.
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Por meses, o investidor que anteriormente pressionava por mudanças no Yahoo e na Dow Chemical, bem como em outras companhias, observou e teceu comentários públicos periodicamente sobre o novo presidente-executivo da Nestlé, Mark Schneider.
Mas em sua carta ele deixou claro que a Third Point não está disposta mais a manter as críticas privadas. O investidor criticou o lento crescimento das vendas da Nestlé, a queda dos preços da ação e o fracasso em vender mais negócios que não se encaixam na estratégia de “bem-estar e nutrição saudável”.