Depois de operar com alta nas primeiras horas do pregão, o dólar fechou hoje (18) em queda ante o real pelo segundo dia consecutivo em linha com o alívio externo com o reforço da mensagem de altas graduais de juros nos Estados Unidos.
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As negociações dos partidos em torno de alianças para a disputa da Presidência da República em outubro também permanece no radar de investidores.
O dólar recuou 0,12%, a R$ 3,8415 na venda, depois de ir a R$ 3,8657 na máxima do dia. O dólar futuro era negociado com baixa de cerca de 0,1% no final da tarde.
No cenário externo, o reforço da mensagem de que o banco central dos Estados Unidos manterá o ritmo gradual de aumentos de juros e a ausência de retórica forte no dia sobre disputas comerciais levou o mercado a desarmar algumas posições e permitir a queda do dólar ante o real, explicou José Carlos Amado, operador da corretora Spinelli.
“Abriu um pouco mais em linha com a variação do dólar frente a moedas mais fortes, depois o mercado acabou mudando com os dados norte-americanos, e o Powell, que manteve a mesma conversa de ontem, um certo gradualismo… Trump também está com um tom mais ameno, acabou mudando e o câmbio perdeu força lá fora”, disse.
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O dólar recuou de uma máxima de três semanas, com investidores realizando lucros com o avanço da moeda depois de dois dias de testemunho do chairman do Federal Reserve, banco central dos EUA, Jerome Powell, reforçando uma perspectiva econômica forte.
Contra uma cesta das seis principais moedas, o dólar subiu para o nível mais alto em três semanas, a 95,4 antes de firmar em torno de 95,11, alta de 0,17%.
Powell reforçou expectativas de que o banco central norte-americano manterá o ritmo gradual de elevação dos juros e elevará a taxa mais duas vezes neste ano.
Operadores também viram sinais de que as autoridades estão confortáveis com o aumento de quase 6% do dólar em relação às divisas rivais nos últimos três meses. Juros elevados têm potencial de atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.
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Internamente, a incerteza sobre as eleições presidenciais de outubro davam suporte ao dólar em uma cotação mais alta contra o real, segundo Amado.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.
Com isso, rolou o equivalente a US$ 8,4 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio neste pregão, por enquanto.