O time de futebol italiano Milan será leiloado em breve, após o dono, Li Yonghong, ter perdido o prazo para pagar um empréstimo da empresa Elliott Management, que venceu na última sexta-feira (6).
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A queda de um rei dá o poder a outro. No caso do Milan, se a falência da gestão asiática de Yonghong já parece certa após o executivo ter perdido o prazo para pagar um empréstimo, e com o fundo Eliott e Paul Singer prontos para assumir, começa-se a pensar em um outro dono para o clube rubronegro.
O interessado número um, como confirmado em uma entrevista exclusiva à “Sky Sports”, é Rocco Commisso, 68 anos, fundador e CEO da empresa de telecomunicações Mediacom, com sede e Nova York.
Commisso não é novo nos investimentos esportivos. Em 2017, adquiriu uma cota majoritária do time de futebol New York Cosmos, do qual é também presidente. Com patrimônio estimado pela FORBES em US$ 4,3 bilhões, o empreendedor ítalo-americano está entre os mais ricos proprietários de um time de futebol do mundo.
Segundo o ranking da FORBES dos maiores bilionários do planeta, na verdade, no mundo da bola, o mais rico de todos é Philip Anschutz, homem de negócios norte-americano, presidente, proprietário e fundador dos Los Angeles Galaxy, com patrimônio estimado em US$ 13 bilhões. Em segundo lugar, está Roman Abramovich, o empreendedor russo à frente do clube inglês Chelsea, com US$ 10,8 bilhões. Stanley Kroenke (US$ 8,3 milhões), o que detém mais clubes (além do Arsenal, Los Angeles Rams, Denver Nuggets e Colorado Avalanche), ocupa um degrau abaixo no pódio. Em seguida, vem Joe Lewis, proprietário do Tottenham e de uma fortuna de US$ 5 bilhões. O mesmo valor tem a fortuna de Vichai Srivaddhanaprabha, dono do Leicester City.
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Com um passado como CFO da Cablevision Industries (depois, adquirida pela Time Warner, em 1995) e em gigantes das finanças como Jp Morgan e Royal Bank of Canada, Commisso tem origem calabresa e encontrou sucesso nos Estados Unidos quando, logo após a guerra, seu pai decidiu sair de um país sem oportunidades de trabalho rumo à América a fim de seguir o sonho americano e recomeçar do zero. Era 1962 e Rocco tinha apenas 12 anos, mas Nova York lhe trouxe sorte rapidamente. Em 2011, a companhia fundada pelo empresário saiu da Bolsa de Valores, e Commisso assumiu o controle total, com 87% das ações. Apareceu, então, na lista de bilionários FORBES pela primeira vez e agora parece pronto para retornar à Itália com um novo desafio.