A economia brasileira conseguiu recuperar em junho todas as perdas sofridas no mês anterior por conta da greve dos caminhoneiros, mas ainda assim fechou o segundo trimestre com contração, a primeira depois de cinco períodos seguidos no azul.
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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 3,29% em junho, compensando totalmente a queda de 3,28% vista no mês anterior, informou hoje (15) o BC.
O dado de maio foi revisado pelo BC, que apontou antes queda de 3,34%, já a pior leitura mensal na série histórica do indicador, iniciada em 2003.
O resultado mensal veio melhor que a expectativa de analistas em pesquisa da Reuters de expansão de 3%.
Ainda assim, a economia brasileira fechou o segundo trimestre com queda de 0,99% em relação aos três meses anteriores, depois de ter subido 0,20% entre janeiro e março na mesma base de comparação.
Em maio o país sofreu com a paralisação dos caminhoneiros, que prejudicou diretamente a atividade e abalou ainda mais a confiança de empresariado e consumidores.
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Indicadores após esse período já mostraram alguma recuperação, mas não o suficiente para evitar que as projeções dos agentes econômicos sobre o PIB não sofressem reduções para este ano.
Em junho, por exemplo, a produção industrial brasileira saltou 13,1% sobre o mês anterior, apagando os efeitos negativos provocados pela paralisação nas rodovias.
Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo BC junto a uma centena de economistas todas as semanas, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) passou a 1,49% este ano, frente a 3% há poucos meses.
Ainda que a inflação e os juros sigam em níveis baixos, o desemprego elevado tem contido o consumo, barrando melhora mais significativa da economia em um ano também marcado por incertezas ligadas às eleições presidenciais, quadro que tem entrado com cada vez mais força no radar dos agentes econômicos.
O IBGE divulga os dados do PIB do segundo trimestre no dia 31 de agosto. De janeiro a março de 2018, o crescimento foi de 0,4% sobre os três meses anteriores, marcando o quinto período seguido no azul, com ajuda da agropecuária.