O dólar terminou em alta ante o real pelo terceiro pregão consecutivo e acima dos R$ 3,90, embora longe da máxima do dia, depois que notícias sobre possíveis acordos entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais amenizaram o estresse dos investidores com as preocupações com a Turquia e também com o cenário eleitoral doméstico.
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A moeda norte-americana avançou 0,24%, a R$ 3,9147 na venda, acumulando, na semana, alta de 1,31%. Foi a segunda semana seguida de valorização, acumulando, neste período, variação de 5,60%.
Na máxima, no início do dia, a moeda foi a R$ 3,9535 e, na mínima, perto do fechamento, atingiu R$ 3,9123. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,23.
“O mercado doméstico seguiu a melhora externa. Não foi além por causa do final de semana”, comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora doméstica ao citar a cautela que predomina nos negócios.
À tarde, notícia de que os Estados Unidos estariam muito próximos de fechar um acordo comercial com o México e a expectativa por conversas entre norte-americanos e chineses na próxima semana amenizaram o nervosismo dos investidores, que desde o início do dia reagiam negativamente às preocupações com a Turquia.
Desta forma, o dólar perdeu força ante as moedas emergentes – passando a cair ante algumas – e aprofundou sua queda ante a cesta de moedas.
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Pela manhã, a lira turca chegou a cair 4% ante o dólar após um tribunal turco rejeitar recurso para libertar o pastor norte-americano cristão Andrew Brunson de prisão domiciliar.
Brunson, que mora na província turca de Esmirna, está sendo julgado na Turquia por acusações de terrorismo. Seu caso está no centro de uma crise diplomática entre a Turquia e os Estados Unidos.
Internamente, o dólar chegou a ultrapassar 1% de alta ante o real logo no início dos negócios, afetado não só pela Turquia como também por renovados temores com a disputa eleitoral no Brasil.
Os investidores ficaram mal-humorados após nova pesquisa de intenção de votos encomendada pela XP Investimentos mostrar que o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tinha 9% das intenções de voto em cenários sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, frente a 10% no levantamento da semana anterior.
A pesquisa também mostrou que Fernando Haddad, provável substituto do líder petista no pleito, ganhou terreno frente ao levantamento anterior, que ainda trazia o nome de Manuela D’Ávila (PCdoB), antes de abrir mão da candidatura para fechar aliança com o PT.
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“O mercado tem dúvidas que outros candidatos tenham condição de fazer reformas, o que gera mau humor”, afirmou a estrategista de câmbio do banco Ourinvest, Fernanda Consorte, acrescentando que a campanha em rádio e TV, quanto começar, será muito importante nas campanhas.
O alívio externo à tarde, no entanto, favoreceu uma alta menor do dólar ante o real no fechamento.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 3,12 bilhões do total de US$ 5,255 bilhões que vence em setembro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.